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09/03/2006
-
09h59
da Folha Online
Iniciada no último final de semana, a operação do Exército montada para recuperar os dez fuzis levados do Estabelecimento Central de Transportes, no dia 3, ainda não localizou as armas. Além de ocupar morros e favelas, os militares iniciaram na quarta-feira (8) bloqueios nas principais estradas que cercam a cidade.
Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas. Porém, conforme reportagem publicada nesta quinta pela Folha, o Estado Maior do CML (Comando Militar do Leste) já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese de os dez fuzis e a pistola não serem recuperados.
Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a investigar o paradeiro do armamento, roubado na sexta passada.
Confronto
Desde o início da ação do Exército nos morros e favelas, ao menos quatro tiroteios foram registrados. O último ocorreu na noite de quarta (8), no morro da Providência (centro do Rio). O Comando Militar do Leste afirma que não há feridos.
Em seguida, os moradores da Providência desceram e fizeram um protesto em frente à sede do CML, na central do Brasil, para pedir a retirada das tropas do morro. O relações públicas do CML, coronel Fernando Lemos, disse que o ato foi orquestrado por traficantes porque a ação atrapalha a venda de drogas.
Na última segunda-feira (6), outro tiroteio ocorreu no morro da Providência. Horas depois, um adolescente foi baleado e morreu no local. O CML nega envolvimento das tropas do Exército no crime. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso. Mais tarde, houve tiroteio no morro da Mangueira.
No domingo (5), também no morro da Providência, uma bomba de fabricação caseira foi jogada contra soldados. Na terça (7), militares trocaram tiros com criminosos em Manguinhos. Nos dois casos, não houve feridos.
Na quarta, PMs apreenderam coletes à prova de balas, munição e uma granada na favela da Metral (zona oeste do Rio). O material foi levado para o quartel do Exército, mas não faz parte do material roubado do quartel.
Ocupação
Desde o final de semana passado, o Exército já ocupou dez morros e favelas do Rio, em busca das armas. Também iniciaram uma série de bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara.
O CML afirma que a medida foi adotada para evitar que os criminosos tentem deixar a cidade com as armas roubadas.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. A ocupação continua nos morros da Providência, do Dendê, nas favelas Jardim América, Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.
Os militares utilizam um tanque de guerra e carros de combate. A operação deve terminar apenas quando as armas forem encontradas.
Cerca de 1.600 militares participam da operação. Para os trabalhos também foram convocados também homens que estiveram até dezembro do ano passado em missão no Haiti, país caribenho em guerra civil. É um grupo de elite, treinado para situações de conflito em áreas semelhantes às favelas cariocas.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. O Exército obteve mandados de busca --com validade indeterminada-- na Justiça Militar.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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Iniciada no último final de semana, a operação do Exército montada para recuperar os dez fuzis levados do Estabelecimento Central de Transportes, no dia 3, ainda não localizou as armas. Além de ocupar morros e favelas, os militares iniciaram na quarta-feira (8) bloqueios nas principais estradas que cercam a cidade.
Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas. Porém, conforme reportagem publicada nesta quinta pela Folha, o Estado Maior do CML (Comando Militar do Leste) já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese de os dez fuzis e a pistola não serem recuperados.
Silvia Izquierdo/AP |
Militares fazem bloqueios e vistoriam veículos |
Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a investigar o paradeiro do armamento, roubado na sexta passada.
Confronto
Desde o início da ação do Exército nos morros e favelas, ao menos quatro tiroteios foram registrados. O último ocorreu na noite de quarta (8), no morro da Providência (centro do Rio). O Comando Militar do Leste afirma que não há feridos.
Em seguida, os moradores da Providência desceram e fizeram um protesto em frente à sede do CML, na central do Brasil, para pedir a retirada das tropas do morro. O relações públicas do CML, coronel Fernando Lemos, disse que o ato foi orquestrado por traficantes porque a ação atrapalha a venda de drogas.
Na última segunda-feira (6), outro tiroteio ocorreu no morro da Providência. Horas depois, um adolescente foi baleado e morreu no local. O CML nega envolvimento das tropas do Exército no crime. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso. Mais tarde, houve tiroteio no morro da Mangueira.
No domingo (5), também no morro da Providência, uma bomba de fabricação caseira foi jogada contra soldados. Na terça (7), militares trocaram tiros com criminosos em Manguinhos. Nos dois casos, não houve feridos.
Na quarta, PMs apreenderam coletes à prova de balas, munição e uma granada na favela da Metral (zona oeste do Rio). O material foi levado para o quartel do Exército, mas não faz parte do material roubado do quartel.
Ocupação
Desde o final de semana passado, o Exército já ocupou dez morros e favelas do Rio, em busca das armas. Também iniciaram uma série de bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara.
O CML afirma que a medida foi adotada para evitar que os criminosos tentem deixar a cidade com as armas roubadas.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. A ocupação continua nos morros da Providência, do Dendê, nas favelas Jardim América, Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.
Os militares utilizam um tanque de guerra e carros de combate. A operação deve terminar apenas quando as armas forem encontradas.
Cerca de 1.600 militares participam da operação. Para os trabalhos também foram convocados também homens que estiveram até dezembro do ano passado em missão no Haiti, país caribenho em guerra civil. É um grupo de elite, treinado para situações de conflito em áreas semelhantes às favelas cariocas.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. O Exército obteve mandados de busca --com validade indeterminada-- na Justiça Militar.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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