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09/03/2006 - 22h03

Exército e criminosos voltam a trocar tiros no morro da Providência

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da Folha Online

Homens do Exército e supostos traficantes voltaram a trocar tiros no morro da Providência (centro do Rio) no começo da noite desta quinta-feira. Morros e favelas do Rio estão ocupados por militares que tentam recuperar dez fuzis FAL e uma pistola levados de um quartel na sexta-feira passada (3). Não há feridos.

Na quarta (8), a noite também foi de tensão no morro da Providência. Logo após outro tiroteio entre militares e criminosos, moradores da favela fizeram um protesto em frente à sede do CML (Comando Militar do Leste), no centro, para pedir a retirada das tropas.

Silvia Izquierdo/AP
Militares fazem bloqueios e vistoriam veículos
Militares fazem bloqueios e vistoriam veículos
O relações públicas do CML, coronel Fernando Lemos, disse que o ato foi orquestrado por traficantes porque a ação atrapalha a venda de drogas.

O primeiro confronto entre militares e criminosos ocorreu na segunda (6). Horas depois, um adolescente foi baleado e morreu. O CML nega envolvimento das tropas do Exército no crime. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso. Mais tarde, houve tiroteio no morro da Mangueira.

Um fuzil calibre 762 foi apreendido na manhã desta quinta pela PM (Polícia Militar) no morro do Cajueiro, em Madureira (zona norte do Rio). O fuzil foi encaminhado para perícia.

Operação

No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o fim de semana. Desde quarta (8), as tropas realizam bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara. Apesar do aparato, nenhuma das armas foi encontrada.

Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. A ocupação continua nos morros da Providência, do Dendê, nas favelas Jardim América, Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.

Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas. Porém, conforme reportagem publicada nesta quinta pela Folha, o Estado Maior do CML já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese de os dez fuzis e a pistola não serem recuperados.

Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a investigar o paradeiro do armamento, roubado na sexta passada.



Roubo

O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.

Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. O Exército obteve mandados de busca --com validade indeterminada-- na Justiça Militar.



Com Folha de S.Paulo, no Rio

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