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10/03/2006
-
09h50
da Folha Online
Militares do Exército ocuparam nesta sexta-feira o morro do Pinto, no Rio, na tentativa de recuperar os dez fuzis FAL e uma pistola levados do ECT (Estabelecimento Central de Transportes), no dia 3. Desde o último fim de semana, quando começou uma operação para tentar localizar as armas, dez morros e favelas já foram ocupados pelo Exército.
O morro do Pinto é vizinho ao morro da Providência (região central), onde confrontos entre criminosos e militares têm sido constantes. O último confirmado ocorreu na noite de quinta (9), mas não deixou feridos. Tiros teriam sido disparados, nos dois morros, também na manhã desta sexta.
Na última quarta, a noite também foi de tensão no morro da Providência. Logo após outro tiroteio entre militares e criminosos, moradores da favela fizeram um protesto em frente à sede do CML (Comando Militar do Leste), no centro, para pedir a retirada das tropas.
O primeiro confronto entre militares e traficantes ocorreu na segunda-feira (6). Horas depois, um adolescente foi baleado e morreu. O CML nega envolvimento das tropas do Exército no crime. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso.
Cerco
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o fim de semana. Desde quarta (8), as tropas realizam bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara. Apesar do aparato, nenhuma das armas levadas do quartel do Exército foi encontrada.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Na noite de quinta, os militares saíram do Dendê e do Jardim América. A ocupação continua, além do morro do Pinto, nos morros da Providência, nas favelas Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.
Devido à proximidade entre os morros do Pinto e da Providência, o Comando Militar do Leste não considera a ocupação desta sexta como mais uma dentro da operação. A ação seria uma extensão dos trabalhos no morro da Providência.
Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas. Porém, conforme reportagem publicada na quinta-feira (9) pela Folha, o Estado Maior do CML já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese de os dez fuzis e a pistola não serem recuperados.
Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a investigar o paradeiro do armamento, roubado na sexta passada.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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Militares do Exército ocuparam nesta sexta-feira o morro do Pinto, no Rio, na tentativa de recuperar os dez fuzis FAL e uma pistola levados do ECT (Estabelecimento Central de Transportes), no dia 3. Desde o último fim de semana, quando começou uma operação para tentar localizar as armas, dez morros e favelas já foram ocupados pelo Exército.
O morro do Pinto é vizinho ao morro da Providência (região central), onde confrontos entre criminosos e militares têm sido constantes. O último confirmado ocorreu na noite de quinta (9), mas não deixou feridos. Tiros teriam sido disparados, nos dois morros, também na manhã desta sexta.
Na última quarta, a noite também foi de tensão no morro da Providência. Logo após outro tiroteio entre militares e criminosos, moradores da favela fizeram um protesto em frente à sede do CML (Comando Militar do Leste), no centro, para pedir a retirada das tropas.
O primeiro confronto entre militares e traficantes ocorreu na segunda-feira (6). Horas depois, um adolescente foi baleado e morreu. O CML nega envolvimento das tropas do Exército no crime. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso.
Cerco
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o fim de semana. Desde quarta (8), as tropas realizam bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara. Apesar do aparato, nenhuma das armas levadas do quartel do Exército foi encontrada.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Na noite de quinta, os militares saíram do Dendê e do Jardim América. A ocupação continua, além do morro do Pinto, nos morros da Providência, nas favelas Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.
Devido à proximidade entre os morros do Pinto e da Providência, o Comando Militar do Leste não considera a ocupação desta sexta como mais uma dentro da operação. A ação seria uma extensão dos trabalhos no morro da Providência.
Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas. Porém, conforme reportagem publicada na quinta-feira (9) pela Folha, o Estado Maior do CML já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese de os dez fuzis e a pistola não serem recuperados.
Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a investigar o paradeiro do armamento, roubado na sexta passada.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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