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10/03/2006 - 20h43

Exército se envolve em novo tiroteio na Providência; vítimas têm alta

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da Folha Online

Homens do Exército e criminosos entraram em confronto mais uma vez, por volta das 19h desta sexta-feira, no morro da Providência (centro do Rio), de acordo com o CML (Comando Militar do Leste). Não há feridos. Pela manhã, outros tiroteios deixaram três pessoas feridas.

Uma das vítimas é um bebê com apenas 26 dias de vida, que foi ferido na cabeça pelos estilhaços de um disparo. Ele obteve alta à tarde e passa bem. Os outros dois feridos, uma mulher e um homem, também já tiveram alta.

O morro é um dos locais ocupados por tropas militares desde a semana passada. Elas buscam dez fuzis FAL e uma pistola roubados de um quartel em São Cristóvão (zona norte do Rio) no último dia 3. A ação já incluiu até bloqueios em rodovias.

De acordo com o CML, os problemas na Providência ocorridos pela manhã começaram quando cerca de 50 soldados foram agredidos por moradores, na maioria mulheres e crianças. Os militares, então, atiraram para o alto para dispersar a manifestação.

Com o barulho dos tiros, traficantes que estavam no morro do Pinto, em frente ao morro da Providência, atiraram na direção dos militares. O tiroteio durou cerca de duas horas.

Durante a operação, quatro pessoas foram presas em uma casa, onde também foram apreendidos 10 kg de cocaína, uma farda camuflada do Exército e radiotransmissores.

Ocupação

No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4. Nesta sexta-feira, os militares estenderam as ocupações ao morro do Pinto, anexo ao morro da Providência (centro do Rio), onde confrontos entre as tropas e criminosos têm sido constantes.

Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Na noite de quinta (9), os militares saíram do Dendê e do Jardim América.

A ocupação continua ainda nos morros da Providência e nas favelas Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos e Nova Brasília.

Na quarta (8), o Exército fixou bloqueios nas principais rodovias de acesso ao Rio --como Dutra, BR-040, Rio-Santos e ponte Rio Niterói. Nesta sexta, porém, os bloqueios foram substituídos por blitze eventuais.

Continuidade

Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas.

Porém, conforme reportagem publicada pela Folha, o Estado Maior do CML (Comando Militar do Leste) já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese das armas não serem recuperadas.

Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a apurar o paradeiro das armas.

Roubo

O roubo das armas ocorreu a madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.

Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.

Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo, no Rio

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