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14/03/2006
-
23h55
da Folha Online
Depois de 11 dias da operação que culminou no encontro dos dez fuzis FAL e da pistola roubados no último dia 3, o Exército deve se retirar das ruas do Rio. Em nota, o CML (Comando Militar do Leste) afirmou que "doravante, as ações estarão restritas às exigências decorrentes do Inquérito Policial Militar (IPM) em curso, visando ao integral esclarecimento do crime".
Nesta terça-feira, antes da localização do arsenal, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, havia afirmado que o governo não pretendia manter as tropas no Rio.
As armas foram localizadas por volta das 19h30 desta terça-feira. O Exército informou que os fuzis e a pistola estavam em uma trilha ao lado da região conhecida como Esqueleto, próxima à estrada das Canoas, em São Conrado, junto à favela da Rocinha. Nenhum dos autores do crime foi preso.
Os militares não revelaram como descobriram a localização do armamento.
Operação
Na manhã desta terça, os militares foram para a Rocinha, a 11ª localidade a ser ocupada. As tropas chegaram à favela apenas um dia depois de terem deixado outros morros e favelas da cidade e admitir desconhecer o paradeiro do armamento roubado.
Entre os morros desocupados estão o da Providência e a Mangueira, onde os soldados foram desafiados por traficantes em sucessivos tiroteios. Em um deles, no morro do Pinto, junto à Providência, no dia 6, um adolescente morreu.
Na noite de sexta-feira (10), um garoto de 11 anos foi baleado em um tiroteio na Providência. Segundo a polícia, ele foi atingido no braço. Na manhã do mesmo dia, três pessoas ficaram feridas. Um bebê com apenas 26 dias de vida foi atingido na cabeça pelos estilhaços de um disparo mas não teve ferimentos graves. Os outros dois feridos, uma mulher e um homem tiveram alta.
Além das ocupações, bloqueios foram montados em parceria com a Polícia Rodoviária na rodovia Presidente Dutra, na Rio-Santos, na ponte Rio-Niterói e na rodovia Washington Luís.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada do dia 3. Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
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Depois de encontrar armas, Exército deve deixar ruas
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Depois de 11 dias da operação que culminou no encontro dos dez fuzis FAL e da pistola roubados no último dia 3, o Exército deve se retirar das ruas do Rio. Em nota, o CML (Comando Militar do Leste) afirmou que "doravante, as ações estarão restritas às exigências decorrentes do Inquérito Policial Militar (IPM) em curso, visando ao integral esclarecimento do crime".
Nesta terça-feira, antes da localização do arsenal, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, havia afirmado que o governo não pretendia manter as tropas no Rio.
Flávio Florido/Folha Imagem |
Exército apresenta armas recuperadas nesta terça |
Os militares não revelaram como descobriram a localização do armamento.
Operação
Na manhã desta terça, os militares foram para a Rocinha, a 11ª localidade a ser ocupada. As tropas chegaram à favela apenas um dia depois de terem deixado outros morros e favelas da cidade e admitir desconhecer o paradeiro do armamento roubado.
Entre os morros desocupados estão o da Providência e a Mangueira, onde os soldados foram desafiados por traficantes em sucessivos tiroteios. Em um deles, no morro do Pinto, junto à Providência, no dia 6, um adolescente morreu.
Na noite de sexta-feira (10), um garoto de 11 anos foi baleado em um tiroteio na Providência. Segundo a polícia, ele foi atingido no braço. Na manhã do mesmo dia, três pessoas ficaram feridas. Um bebê com apenas 26 dias de vida foi atingido na cabeça pelos estilhaços de um disparo mas não teve ferimentos graves. Os outros dois feridos, uma mulher e um homem tiveram alta.
Além das ocupações, bloqueios foram montados em parceria com a Polícia Rodoviária na rodovia Presidente Dutra, na Rio-Santos, na ponte Rio-Niterói e na rodovia Washington Luís.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada do dia 3. Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
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