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24/03/2006 - 11h12

Tiro da PM matou empresário seqüestrado

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GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo

O empresário Gerson Mendonça de Freitas Filho, 50, vítima de seqüestro relâmpago, foi morto pela Polícia Militar em um tiroteio entre policiais e criminosos após uma perseguição atribulada pelas ruas da zona sul de São Paulo, na semana passada.

Segundo o delegado Naief Saad Neto, titular da Seccional Sul, o projétil encontrado no corpo do empresário é de uma pistola .40, arma de uso exclusivo da polícia. Os dois seqüestradores que participaram do tiroteio usavam um revólver 38 e um revólver 32.

Apu Gomes/Folha Imagem
Marcas de tiros no retrovisor do Astra usado pela vítima
Marcas de tiros no retrovisor do Astra usado pela vítima
O projétil foi encaminhado na terça-feira para o Instituto de Criminalística para exame de balística. As duas armas dos criminosos e outras nove apreendidas com os PMs já estavam sob análise. Os exames devem apontar o policial responsável pelo disparo que matou Freitas Filho.

O empresário dirigia seu carro no Brooklin (zona sul de SP), há exatamente uma semana, quando foi rendido por dois homens. Ele foi colocado no banco de trás. Uma mulher teria avisado a PM, que iniciou uma perseguição.

No bairro vizinho do Campo Belo, os seqüestradores bateram o carro por duas vezes, até que foram cercados pelos policiais militares na av. Vereador José Diniz. A PM diz que os suspeitos saíram do veículo atirando. O empresário recebeu um tiro nas costas e morreu no hospital.

Freitas Filho pode ter sido atingido ainda dentro do veículo. Segundo Naief Neto, um tiro atingiu o banco traseiro do carro, onde o empresário estava. "Só a perícia vai dizer que o projétil que atingiu o veículo é o mesmo que causou a morte da vítima."

No meio do tiroteio, o empresário saiu do veículo, deu alguns passos e caiu. A polícia não descarta a possibilidade de ele ter sido atingido pela PM quando estava fora do carro.

O delegado afirma que o projétil retirado do corpo da vítima estava em boas condições, o que permitiu a constatação da polícia de que era de uma pistola .40. Das nove armas apreendidas com os PMs, seis tinham esse calibre.

O exame de balística deve estar concluído em dez dias, segundo Naief Neto. O inquérito deve ser encerrado no mês que vem. "Parece que não houve dolo [intenção de matar]. Pode ter ocorrido excesso, mas isso só será definido no final das investigações."

O Setor de Comunicação Social da PM disse que só irá se manifestar depois de ter conhecimento oficial do fato. A reportagem não conseguiu localizar o capitão Marcos de Araújo, comandante da companhia da PM responsável pela região onde houve o tiroteio. Na semana passada, ele negou a existência de falha na ação e disse que a morte foi uma "fatalidade".

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