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03/04/2006
-
20h18
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
O Metrô negou nesta segunda-feira que a decisão da 7ª Câmara de Direito Público do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo que garantiu à advogada Thays Martinez, 32, o direito de entrar nos vagões com seu cão-guia, o labrador Boris, vá alterar o cotidiano das estações.
"A decisão não implica novidade para os usuários do metrô que, desde 2000, têm acesso ao sistema livremente", afirmou em entrevista à Folha Online a chefe do setor de Atendimento ao Cliente da empresa, Maria Olívia Martin Santana.
Naquele ano, Thays obteve uma decisão judicial provisória que já garantia seu direito de entrar nos vagões com o cão, mas o Metrô contestou.
Segundo ela, o Metrô recorreu apenas porque "gostaria que fosse feita uma carteirinha com o intuito de facilitar a vida dos deficientes visuais que usam o metrô várias vezes ao dia e evitar repetidas apresentações da documentação necessária".
Conforme uma lei estadual, os deficientes visuais precisam apresentar um atestado de saúde do animal e do certificado de adestramento dele, emitido por um órgão nacional, cada vez que acessarem um meio de transporte público acompanhados de cães-guia.
Thays discorda da implantação da carteirinha, que foi descartada pela decisão desta segunda do TJ.
"Não sei para quem facilitaria. Eu tenho que andar com os documentos por uma exigência legal. Teria que andar com mais a carteirinha. E se cada estabelecimento decidir fazer sua carteirinha? Eu não teria mais que portar dois documentos, teria que levar centenas deles."
Para a representante do Metrô, o cadastramento dos deficientes visuais que utilizam o sistema permitiria um mapeamento dos percursos e garantiria mais segurança e conforto. Para Thays, ele impediria o acesso de deficientes visuais oriundos de outras cidades.
Hoje, de acordo com Santana, apenas outros dois deficientes visuais usam o metrô com freqüência, acompanhados de cães-guia. Em todo o sistema, circulam aproximadamente 2,5 milhões de pessoas por dia.
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da Folha Online
O Metrô negou nesta segunda-feira que a decisão da 7ª Câmara de Direito Público do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo que garantiu à advogada Thays Martinez, 32, o direito de entrar nos vagões com seu cão-guia, o labrador Boris, vá alterar o cotidiano das estações.
"A decisão não implica novidade para os usuários do metrô que, desde 2000, têm acesso ao sistema livremente", afirmou em entrevista à Folha Online a chefe do setor de Atendimento ao Cliente da empresa, Maria Olívia Martin Santana.
Naquele ano, Thays obteve uma decisão judicial provisória que já garantia seu direito de entrar nos vagões com o cão, mas o Metrô contestou.
Segundo ela, o Metrô recorreu apenas porque "gostaria que fosse feita uma carteirinha com o intuito de facilitar a vida dos deficientes visuais que usam o metrô várias vezes ao dia e evitar repetidas apresentações da documentação necessária".
Conforme uma lei estadual, os deficientes visuais precisam apresentar um atestado de saúde do animal e do certificado de adestramento dele, emitido por um órgão nacional, cada vez que acessarem um meio de transporte público acompanhados de cães-guia.
Thays discorda da implantação da carteirinha, que foi descartada pela decisão desta segunda do TJ.
"Não sei para quem facilitaria. Eu tenho que andar com os documentos por uma exigência legal. Teria que andar com mais a carteirinha. E se cada estabelecimento decidir fazer sua carteirinha? Eu não teria mais que portar dois documentos, teria que levar centenas deles."
Para a representante do Metrô, o cadastramento dos deficientes visuais que utilizam o sistema permitiria um mapeamento dos percursos e garantiria mais segurança e conforto. Para Thays, ele impediria o acesso de deficientes visuais oriundos de outras cidades.
Hoje, de acordo com Santana, apenas outros dois deficientes visuais usam o metrô com freqüência, acompanhados de cães-guia. Em todo o sistema, circulam aproximadamente 2,5 milhões de pessoas por dia.
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