Publicidade
Publicidade
12/04/2006
-
09h23
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Nos nove meses em que esteve em liberdade provisória, Suzane von Richthofen, 22, ré confessa da morte dos pais, tentou conseguir a cidadania alemã, segundo o Ministério Público de São Paulo. Para o promotor Roberto Tardelli, essa iniciativa pode significar uma intenção de fugir.
O pedido de cidadania ao Consulado Geral da Alemanha teria esbarrado na burocracia. "Pelas informações, ela teria perdido alguns prazos no fornecimento de documentos e não conseguiu o que queria", disse Tardelli.
A assessoria de imprensa do Consulado da Alemanha disse que não poderia confirmar a informação porque se trata de "dados pessoais sigilosos".
Mário Sérgio de Oliveira, advogado de Suzane, afirmou desconhecer o pedido, mas apontou o advogado Denivaldo Barni --com quem a jovem morava desde que conseguiu a liberdade provisória, em junho de 2005-- como o responsável pela defesa dela na área cível. Barni não quis falar com a reportagem ontem.
Para o promotor, a concessão da dupla cidadania e uma possível fuga de Suzane para a Alemanha poderiam causar um embaraço jurídico internacional que poderia terminar na não-responsabilização da jovem pelo crime.
Segundo o juiz criminal aposentado Luiz Flávio Gomes, doutor em direito penal, a possível dupla cidadania não livraria Suzane da prisão em uma eventual condenação. Segundo Gomes, ela poderia ser presa na Alemanha e trazida para o Brasil. "Ela poderia ser extraditada porque teria conseguido a cidadania alemã depois do fato [o crime]", afirmou.
Cães e talheres
Detalhes do inventário dos bens da família Richthofen também foram usados pela Promotoria para pedir a prisão de Suzane, decretada anteontem.
Ela solicitou, segundo Tardelli, até que três cães de um sítio da família e talheres e outros utensílios domésticos da casa onde Marísia e Manfred von Richthofen moravam fossem avaliados.
No inventário, Suzane também solicitou parte do seguro de vida dos pais e o pagamento de um salário mensal. O patrimônio da família é avaliado em R$ 2 milhões, segundo o promotor.
Tardelli afirmou que a disputa pelos bens da família faz da liberdade de Suzane um risco para o irmão dela, Andreas, beneficiário do patrimônio. "Se ela tem forças para avançar contra os pais, também terá forças para avançar contra o irmão", disse.
Leia mais
Entenda o caso da morte do casal Richthofen
Advogado afirma estar indignado com a Globo
Sindicância que apura atuação advogados termina até dia 20
Suzane Richthofen é tema de peça de Fausto Fawcett no Rio
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o caso Richthofen
Em liberdade, Suzane pediu cidadania alemã
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Nos nove meses em que esteve em liberdade provisória, Suzane von Richthofen, 22, ré confessa da morte dos pais, tentou conseguir a cidadania alemã, segundo o Ministério Público de São Paulo. Para o promotor Roberto Tardelli, essa iniciativa pode significar uma intenção de fugir.
O pedido de cidadania ao Consulado Geral da Alemanha teria esbarrado na burocracia. "Pelas informações, ela teria perdido alguns prazos no fornecimento de documentos e não conseguiu o que queria", disse Tardelli.
A assessoria de imprensa do Consulado da Alemanha disse que não poderia confirmar a informação porque se trata de "dados pessoais sigilosos".
Mário Sérgio de Oliveira, advogado de Suzane, afirmou desconhecer o pedido, mas apontou o advogado Denivaldo Barni --com quem a jovem morava desde que conseguiu a liberdade provisória, em junho de 2005-- como o responsável pela defesa dela na área cível. Barni não quis falar com a reportagem ontem.
Para o promotor, a concessão da dupla cidadania e uma possível fuga de Suzane para a Alemanha poderiam causar um embaraço jurídico internacional que poderia terminar na não-responsabilização da jovem pelo crime.
Segundo o juiz criminal aposentado Luiz Flávio Gomes, doutor em direito penal, a possível dupla cidadania não livraria Suzane da prisão em uma eventual condenação. Segundo Gomes, ela poderia ser presa na Alemanha e trazida para o Brasil. "Ela poderia ser extraditada porque teria conseguido a cidadania alemã depois do fato [o crime]", afirmou.
Cães e talheres
Detalhes do inventário dos bens da família Richthofen também foram usados pela Promotoria para pedir a prisão de Suzane, decretada anteontem.
Ela solicitou, segundo Tardelli, até que três cães de um sítio da família e talheres e outros utensílios domésticos da casa onde Marísia e Manfred von Richthofen moravam fossem avaliados.
No inventário, Suzane também solicitou parte do seguro de vida dos pais e o pagamento de um salário mensal. O patrimônio da família é avaliado em R$ 2 milhões, segundo o promotor.
Tardelli afirmou que a disputa pelos bens da família faz da liberdade de Suzane um risco para o irmão dela, Andreas, beneficiário do patrimônio. "Se ela tem forças para avançar contra os pais, também terá forças para avançar contra o irmão", disse.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice