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04/05/2006
-
11h33
da Folha Online
O jornalista Antonio Pimenta Neves, que está sendo julgado pela morte da ex-namorada --a também jornalista Sandra Gomide--, manteve a cabeça baixa e evitou ficar ao alcance da visão de João Gomide --pai da vítima--, que prestou depoimento na manhã desta quinta-feira, no fórum de Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo).
João falou por aproximadamente 40 minutos e abriu o segundo dia do julgamento. Durante o depoimento, Pimenta Neves ficou sentado entre os advogados de defesa. Depois, retornou para a cadeira que ocupara ontem, na ponta da mesa.
O pai de Sandra não via o jornalista desde o crime, há quase seis anos. À Justiça, João falou como era o relacionamento da filha com Pimenta Neves. Disse que ela era agredida verbalmente pelo jornalista e que teria sido agredida também fisicamente. Falou, ainda, que o jornalista era arrogante. Durante as declarações, Pimenta Neves movimentou a cabeça negativamente.
Questionado pela defesa se Sandra fazia tratamento médico, João negou e disse que o único medicamento que ela usava era homeopático.
Além de João Gomide, outras testemunhas serão ouvidas nesta quinta. Inicialmente, estavam previstos os depoimentos de cinco testemunhas de acusação e quatro de defesa. Porém, há possibilidade de apenas sete serem ouvidas.
Julgamento
O júri começou por volta das 9h de quarta (3) --após várias tentativas de adiamento feitas pela defesa--, e foi suspenso por volta das 23h. Recomeçou por volta das 10h desta quinta.
O primeiro dia do julgamento foi marcado pelo silêncio do jornalista durante interrogatório. Questionado pelo juiz Diego Ferreira Mendes se queria se defender da denúncia de homicídio duplamente qualificado --motivo torpe e recurso que impossibilitou defesa da vítima--, ele disse que preferia "não se manifestar".
Ainda nesta quinta, depois dos depoimentos, ocorrerá a fase de debates entre a defesa e a acusação. A expectativa é que a sentença seja conhecida à noite. O júri é composto por quatro mulheres e três homens.
Crime
O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras em Ibiúna. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros: um nas costas e outro no ouvido.
O jornalista, ex-diretor de redação do jornal "O Estado de S.Paulo", ficou sete meses preso. Em março de 2001, o STF concedeu uma liminar permitindo a Pimenta Neves aguardar o julgamento em liberdade. Para o STF, ele não representa risco à sociedade.
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O jornalista Antonio Pimenta Neves, que está sendo julgado pela morte da ex-namorada --a também jornalista Sandra Gomide--, manteve a cabeça baixa e evitou ficar ao alcance da visão de João Gomide --pai da vítima--, que prestou depoimento na manhã desta quinta-feira, no fórum de Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo).
João falou por aproximadamente 40 minutos e abriu o segundo dia do julgamento. Durante o depoimento, Pimenta Neves ficou sentado entre os advogados de defesa. Depois, retornou para a cadeira que ocupara ontem, na ponta da mesa.
Caio Guatelli/Folha Imagem |
João Gomide, pai de Sandra, no fórum de Ibiúna |
O pai de Sandra não via o jornalista desde o crime, há quase seis anos. À Justiça, João falou como era o relacionamento da filha com Pimenta Neves. Disse que ela era agredida verbalmente pelo jornalista e que teria sido agredida também fisicamente. Falou, ainda, que o jornalista era arrogante. Durante as declarações, Pimenta Neves movimentou a cabeça negativamente.
Questionado pela defesa se Sandra fazia tratamento médico, João negou e disse que o único medicamento que ela usava era homeopático.
Além de João Gomide, outras testemunhas serão ouvidas nesta quinta. Inicialmente, estavam previstos os depoimentos de cinco testemunhas de acusação e quatro de defesa. Porém, há possibilidade de apenas sete serem ouvidas.
Julgamento
O júri começou por volta das 9h de quarta (3) --após várias tentativas de adiamento feitas pela defesa--, e foi suspenso por volta das 23h. Recomeçou por volta das 10h desta quinta.
O primeiro dia do julgamento foi marcado pelo silêncio do jornalista durante interrogatório. Questionado pelo juiz Diego Ferreira Mendes se queria se defender da denúncia de homicídio duplamente qualificado --motivo torpe e recurso que impossibilitou defesa da vítima--, ele disse que preferia "não se manifestar".
Caio Guatelli/Folha Imagem |
Pimenta Neves no fórum de Ibiúna, onde ocorre julgamento |
Ainda nesta quinta, depois dos depoimentos, ocorrerá a fase de debates entre a defesa e a acusação. A expectativa é que a sentença seja conhecida à noite. O júri é composto por quatro mulheres e três homens.
Crime
O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras em Ibiúna. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros: um nas costas e outro no ouvido.
O jornalista, ex-diretor de redação do jornal "O Estado de S.Paulo", ficou sete meses preso. Em março de 2001, o STF concedeu uma liminar permitindo a Pimenta Neves aguardar o julgamento em liberdade. Para o STF, ele não representa risco à sociedade.
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