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08/05/2006 - 09h12

Barulho e tremedeira em janelas levam moradores à "guerra aérea"

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da Folha de S.Paulo

Seja pelo barulho insuportável causado pelo motor e pelas hélices ou pelo incômodo de ver a janela tremer a cada pouso ou decolagem, moradores de bairros de São Paulo com grande quantidade de helipontos deflagraram guerra contra os helicópteros. Em comum, a crítica à ausência de legislação municipal.

"Quando um helicóptero pousar ou decolar perto de sua casa, se estiver com janela aberta, corra para fechar. O deslocamento de ar é grande e derruba vasos, traz muitos prejuízos", afirmou o advogado Marco Antonio Castello Branco. Ele é presidente da Sociedade Amigos do Itaim Bibi, rota de helicópteros com destino ou originários das avenidas Paulista, Faria Lima e Luís Carlos Berrini.

Castello Branco conta que a entidade conseguiu, nos últimos seis anos, a interdição de três helipontos na região. Falta, no entanto, uma lei específica a respeito do assunto. "É um desrespeito ao direito de cidadania. Ninguém pode ler, conversar ou trabalhar. A prefeitura e a Câmara não se mexem", disse. "Não existe nenhuma regulamentação."

Segundo ele, as aeronaves superam em muito o ruído máximo aceitável --cerca de 75 decibéis. "É muito mais que isso, principalmente na decolagem. Chega-se a 150 decibéis [mais do que o barulho de britadeira, por exemplo]." Além do barulho, ele cita o fato de helipontos ficarem em altura inferior a alguns prédios vizinhos.

O mesmo argumento é usado pela presidente da Samorcc (Sociedade de Amigos e Moradores de Cerqueira César), Célia Marcondes. "Tem um hotel na rua Oscar Freire que, a cada pouso e decolagem, o pessoal que mora perto morre de medo." O heliponto do hotel fica abaixo do nível dos prédios que o circundam.

Ela também considera o ruído um dos maiores empecilhos. "Recebi representantes de uma universidade na Inglaterra que disseram nunca ter visto tanta concentração de helipontos", conta.

"O leigo não tem noção. Não necessariamente [o heliponto] precisa estar no ponto mais alto se cumprir a rampa de aproximação", diz Carlos Alberto Artoni, presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero, sobre o espaço aéreo utilizado pela aeronave para chegar próximo ao ponto de pouso.

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