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15/05/2006 - 09h05

Hinos funks exaltam a organização PCC

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da Folha de S.Paulo

Assim como a facção criminosa carioca CV (Comando Vermelho), a organização paulista PCC tem hinos de exaltação, promove bailes funks e ainda demarca territórios com pichações "15.3.3" e com o símbolo chinês do yin-yang, pintado de branco-e-preto, adotado como escudo do grupo.

Ao contrário dos CDs de músicas gravados com exaltação ao CV, produzidos quase que artesanalmente nos morros do Rio, os produzidos pelo PCC têm qualidade na captação do som e a produção gráfica mais refinada. Nas duas capitais, rádios piratas tocam essas músicas, muitas vezes atendendo pedidos feitos por presidiários, com o uso do celular.

Em São Paulo, cidades da Baixada Santista --principalmente Santos e São Vicente-- são aquelas em que mais acontecem bailes funks e a produção de músicas que, depois de gravadas, são adotadas como hinos.

Criados nos morros de Santos, os funkeiros Renatinho e Alemão são considerados pelos membros do PCC os melhores MC's (mestre de cerimônia) que compõem e gravam hinos (veja ao lado). Quase todo final de semana, eles fazem shows pelo litoral e também cantam, além dos proibidões do PCC, funks românticos, outros bem descontraídos e alguns têm até o tom de hinos puramente evangélicos.

Nos discos que colocam à venda, os funkeiros costumam fazer, nos encartes dos CDs e em algumas letras, agradecimentos diretos aos líderes do PCC. No álbum "Guerreiro Não Gela", Renatinho e Alemão mandam mensagens a Marcos Willians Herbas Camacho, 38, o Marcola, líder da facção paulista.

O álbum de maior sucesso da dupla é "Taleban - Parque dos Monstros". Na capa do disco, os dois aparecem usando óculos escuros e boné estilo militar, com o World Trade Center em chamas ao fundo. "Parque dos Monstros" é uma maneira de se referir aos presídios que abrigam muitos membros da facção, caso da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de SP).

No início deste ano, durante revistas em penitenciárias paulistas, foram apreendidas várias cópias de CDs com exaltação ao PCC. Em alguns deles, as letras tinham rajadas de metralhadoras e ameaças diretas ao ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência, e a Nagashi Furukawa, secretário da Administração Penitenciária.

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