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15/05/2006 - 13h00

Tiros atingem guichê do metrô na zona leste de São Paulo

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da Folha Online

Um dos guichês da estação Artur Alvim do metrô, na zona leste de São Paulo, foi atingido por tiros por volta da 0h15 desta segunda-feira. A estação estava fechada e ninguém ficou ferido.

A possível ligação com as ações orquestradas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) ainda está sendo apurada. Desde a noite da última sexta-feira (12), o Estado de São Paulo vivencia uma série de ações coordenadas pela facção criminosa, em retaliação à decisão do governo estadual de isolar lideranças. Cerca de 70 pessoas morreram, entre elas suspeitos baleados em confrontos e presos que morreram em rebeliões.

Segundo a assessoria de imprensa do metrô, a Artur Alvim foi a única estação do sistema atacada. Nesta segunda, as linhas do metrô operam normalmente. Seguranças permanecem fazendo a ronda tradicional nas estações. O metrô transporta cerca de 2,5 milhões de pessoas por dia.

Violência

A onda de violência --a maior contra forças de segurança já registrada no Estado-- começou com ataques contra policiais, guardas e agentes penitenciários.

Ao mesmo tempo, rebeliões simultâneas começaram em penitenciárias, CDPs (Centros de Detenção Provisória) e cadeias. Na manhã desta segunda, 46 unidades permaneciam rebeladas, com 237 reféns. Em Jaboticabal, o delegado Adelson Taroco, 39, foi incendiado por presos rebelados na cadeia. Ele foi internado em estado grave.

Presos de unidades de Mato Grosso do Sul e do Paraná também iniciaram rebeliões no domingo (14). Os motins teriam envolvimento do PCC.

Entre a noite de domingo (14) e a manhã desta segunda, a violência atingiu também agências bancárias e ônibus. Criminosos atiraram contra ao menos cinco agências e jogaram coquetéis molotov em outras cinco.

Cerca de 60 ônibus foram queimados --44 em São Paulo e os outros em Osasco e na região do ABC. Com medo de novas ações, ao menos dez empresas não tiraram os ônibus da garagem --três delas circulam parcialmente-- e nove terminais foram fechados. A região sul é a mais afetada da cidade.

A prefeitura suspendeu o rodízio de veículos na nesta segunda-feira. Com isso, veículos com placas finais 1 e 2 podem circular normalmente pelo chamado centro expandido da cidade durante o horário de pico --das 7h às 10h e das das 17h às 20h.

Transferências

A série de ataques começou após a transferência de 765 presos para Presidente Venceslau, na quinta-feira (11), em uma tentativa de evitar a articulação de ações criminosas.

No dia seguinte, oito líderes do PCC foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte de São Paulo). Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.

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