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17/05/2006 - 04h16

PM mata dois suspeitos de atentado em Osasco; total de mortos sobe para 73

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FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online

Policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) mataram dois suspeitos de atirar contra guardas civis metropolitanos que faziam a segurança da prefeitura de Osasco (Grande São Paulo), às 0h30 desta quarta-feira.

Com eles, sobe para 73 o número de suspeitos mortos pela polícia desde a noite de sexta-feira, quando começaram os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) contra forças de segurança, ônibus e bancos. Destes, 33 foram mortos entre a noite de segunda-feira (15) e a manhã de terça (16).

A Secretaria da Segurança Pública defende que todos os mortos tinham ligação com os atentados, embora não tenha revelada suas identidades.

Segundo a PM, três homens, armados com dois revólveres 38 e uma pistola 9 mm, roubaram um Omega no Jardim das Flores, em Osasco, e foram para a prefeitura, localizada na avenida Bussocaba, no centro.

O grupo no Omega disparou várias vezes na direção dos guardas, mas acertou apenas a fachada da prefeitura. Durante a fuga, o Omega cruzou com uma viatura da Rota, em patrulhamento pela mesma avenida.

Os PMs da Rota ainda não sabiam do atentado à prefeitura, mas passaram a perseguir o Omega porque já tinham sido avisados do roubo. Outro carro da Rota juntou-se à perseguição, que terminou na avenida Dona Blandina Ignez Júlio, no bairro Jaguaribe.

Segundo os policiais, os três suspeitos pararam o carro e saíram atirando contra os dois carros da Rota. Na troca de tiros, dois suspeitos foram baleados. Socorridos, chegaram mortos ao PS Santo Antônio. Um terceiro conseguiu escapar.

O sargento Luís, um dos condutores da ocorrência, negou que as mortes sejam "um troco" da polícia pelos atentados. "A polícia não trabalha com 'troco'. Estamos apenas nos defendendo", afirmou à reportagem.

Acordo

De sexta-feira até o final da noite desta terça-feira, 132 pessoas --incluindo policiais, suspeitos e detentos-- morreram nos 251 ataques comandados pelo PCC e nas rebeliões simultâneas deflagradas pela facção.

O movimento é uma retaliação do PCC à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção. Na quinta-feira passada (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), em uma tentativa de evitar a articulação de ações criminosas.

No dia seguinte, oito líderes do PCC foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte de São Paulo). Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.

A Folha apurou que Marcola pôs fim à onda de violência após um acordo com o governo estadual. O secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, admite que houve uma reunião entre representantes do governo e o líder da facção, mas nega que tenha havido acordo entre as partes.

Com Folha de S.Paulo

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