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18/05/2006
-
21h17
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Após dez dias internada, morreu na madrugada desta quinta-feira em Belo Horizonte (MG) a operadora de caixa Nadir Maria de Oliveira, 25, que teria feito uso de um medicamento como tranqüilizante antes de realizar exame de direção para tirar a carteira de motorista.
Durante todo o tempo em que esteve internada no hospital Odilon Behrens, na capital mineira, ela permaneceu em coma.
O remédio tomado antes do exame do Detran foi o Propranolol, vendido nas farmácias sem receita médica. O medicamento é indicado para pacientes com hipertensão arterial, mas é contra-indicado para pessoas com asma. Era o caso de Oliveira, que trabalhava como caixa em um supermercado no distrito de Venda Nova, na capital mineira.
No último dia 8, quando já se preparava para realizar o exame no carro da auto-escola, ela passou mal e, a caminho do hospital, sofreu parada cardiorrespiratória. Internada no CTI, ela não apresentou nenhuma reação neurológica durante o período em que esteve hospitalizada.
O hospital já tratava o caso como gravíssimo, que seria difícil a moça sobreviver. Ela sofreu duas paradas cardíacas. Oliveira morreu à 1h30. A causa da morte, conforme o hospital, foi um edema cerebral, causado pela insuficiência de oxigenação.
Ela era asmática desde a infância e em hipótese nenhuma poderia tomar o Propranolol. O alerta consta na bula do medicamento. Oliveira teria tomado o remédio sem orientação médica.
Suspeita
Parentes dela suspeitam que o medicamento tenha sido indicado pelo instrutor da auto-escola, para que ela ficasse mais relaxada na sua segunda tentativa de tirar a carteira de motorista.
A suspeita da família seria porque fora o instrutor quem informou que ela fizera uso do medicamento. Danilo Moreira, 36, o instrutor, negou. Disse que nunca orientou alunos a usarem remédios para ficarem tranqüilos.
Ele disse que partiu dele a informação porque acompanhou a aluna até o hospital e, lá chegando, perguntaram se ela fizera uso de algum medicamento. Ele disse que não sabia e foi olhar no carro entre os pertences de Oliveira. Foi quando encontrou a embalagem vazia do remédio.
Segundo Moreira, a comerciária entrou no carro e começou a ter crise asmática. Ele disse ter perguntado se ela tinha a bombinha com o medicamento para asma. Oliveira teria dito que esquecera em casa. Ele chamou uma unidade de resgate, que a levou para o hospital.
O corpo de Oliveira foi levado para a cidade mineira de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, onde seria enterrado.
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Após dez dias internada, morreu na madrugada desta quinta-feira em Belo Horizonte (MG) a operadora de caixa Nadir Maria de Oliveira, 25, que teria feito uso de um medicamento como tranqüilizante antes de realizar exame de direção para tirar a carteira de motorista.
Durante todo o tempo em que esteve internada no hospital Odilon Behrens, na capital mineira, ela permaneceu em coma.
O remédio tomado antes do exame do Detran foi o Propranolol, vendido nas farmácias sem receita médica. O medicamento é indicado para pacientes com hipertensão arterial, mas é contra-indicado para pessoas com asma. Era o caso de Oliveira, que trabalhava como caixa em um supermercado no distrito de Venda Nova, na capital mineira.
No último dia 8, quando já se preparava para realizar o exame no carro da auto-escola, ela passou mal e, a caminho do hospital, sofreu parada cardiorrespiratória. Internada no CTI, ela não apresentou nenhuma reação neurológica durante o período em que esteve hospitalizada.
O hospital já tratava o caso como gravíssimo, que seria difícil a moça sobreviver. Ela sofreu duas paradas cardíacas. Oliveira morreu à 1h30. A causa da morte, conforme o hospital, foi um edema cerebral, causado pela insuficiência de oxigenação.
Ela era asmática desde a infância e em hipótese nenhuma poderia tomar o Propranolol. O alerta consta na bula do medicamento. Oliveira teria tomado o remédio sem orientação médica.
Suspeita
Parentes dela suspeitam que o medicamento tenha sido indicado pelo instrutor da auto-escola, para que ela ficasse mais relaxada na sua segunda tentativa de tirar a carteira de motorista.
A suspeita da família seria porque fora o instrutor quem informou que ela fizera uso do medicamento. Danilo Moreira, 36, o instrutor, negou. Disse que nunca orientou alunos a usarem remédios para ficarem tranqüilos.
Ele disse que partiu dele a informação porque acompanhou a aluna até o hospital e, lá chegando, perguntaram se ela fizera uso de algum medicamento. Ele disse que não sabia e foi olhar no carro entre os pertences de Oliveira. Foi quando encontrou a embalagem vazia do remédio.
Segundo Moreira, a comerciária entrou no carro e começou a ter crise asmática. Ele disse ter perguntado se ela tinha a bombinha com o medicamento para asma. Oliveira teria dito que esquecera em casa. Ele chamou uma unidade de resgate, que a levou para o hospital.
O corpo de Oliveira foi levado para a cidade mineira de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, onde seria enterrado.
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