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20/05/2006 - 19h14

Defensoria vê possibilidade de polícia ter matado inocentes em SP

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da Folha Online

O subdefensor Pedro Giberti, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, não descartou neste sábado a possibilidade de a polícia ter matado inocentes entre os 109 mortos por suposto envolvimento nos ataques promovidos pelo PCC desde o último dia 12.

"A possibilidade é que tenha havido sim, mas porque você tem um universo muito grande de pessoas atingidas", disse Giberti na sede central do IML (Instituto Médico Legal) em São Paulo.

Representantes da defensoria e do CRM (Conselho Regional de Medicina) passaram o sábado na sede central do IML, para fiscalizar as dependências do necrotério e verificar os laudos com informações sobre suspeitas.

"A defensoria aguardará as investigações para poder emitir uma opinião em definitivo", afirmou Giberti. "Se por acaso tiver havido uma única lesão fruto de qualquer desvio de conduta, vamos proteger as pessoas afetadas por isso."

Números da violência

Dos 109 suspeitos mortos pela polícia durante os ataques promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital desde o último dia 12 em São Paulo, 73 corpos foram identificados pelo IML (Instituto Médico Legal).

Do total, 85 corpos passaram pelo IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo e 22 por institutos do interior, litoral e Grande São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública não soube informar onde estão dois mortos registrados entre a noite desta sexta e a tarde de sábado.

Apenas um corpo não identificado foi enterrado como indigente --o prazo para a identificação é de 72 horas.

O superintendente da Polícia Técnica de São Paulo, Celso Perioli, informou no fim da tarde deste sábado que o IML não está superlotado. "Não existe sobrecarga", afirmou.

Segundo Perioli, há 24 gavetas em geladeiras, seis delas vazias na unidade do instituto na zona oeste. A fiscalização do CRM e da defensoria continuará no domingo.

Investigações

O diretor do IML informou que laudos que demoram de 30 a 40 dias para serem concluídos serão entregues à Polícia Civil em no máximo 20 dias.

Embora três funcionários de IMLs diferentes tenham dito à reportagem da Folha de S.Paulo, sob a condição de não terem seus nomes revelados, que a ordem do secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, teria sido a de recolher os laudos, Perioli afirmou que a documentação permanece no instituto.

Ele não mostrou os laudos aos jornalistas, mas disse que os documentos permanecerão no IML até que os exames complementares sejam feitos. "Não houve pedido de laudo por parte do secretário. Fico indignado com a desconfiança gerada", afirmou.

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