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21/05/2006 - 13h45

Defensoria monitora trabalho de legistas; três morrem em confronto

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da Folha Online

Representantes da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e do CRM (Conselho Regional de Medicina) passaram a manhã deste domingo na sede central do IML (Instituto Médico Legal) para fiscalizar o trabalho de identificação de ao menos 11 suspeitos mortos que permanecem no local sem identificação.

Segundo informações do instituto, 85 suspeitos de participação nos ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital), desde o último dia 12, passaram pelo IML em São Paulo. Outros 22 passaram pelas unidades do interior e Grande São Paulo.

A Secretaria de Segurança Pública informou dois mortos em confrontos com a polícia neste sábado foram levados a região de Valinhos e Vinhedo (interior de São Paulo). Na madrugada deste domingo, três homens morreram em confronto com a Polícia Militar, depois de troca de tiros no Tucuruvi (zona norte da cidade).

Segundo a polícia, os homens foram abordados na rua Pedro Vidal e fugiram num Peugeot. Em troca de tiros com os policiais, ficaram feridos e foram levados ao pronto-socorro São Luiz Gonzaga, onde morreram na manhã deste domingo. A PM afirma que não há ligação entre as ocorrências e o PCC.

Inocentes

O subdefensor Pedro Giberti não descartou neste sábado, depois de passar a tarde no instituto, a possibilidade de a polícia ter matado inocentes entre os 109 mortos por suposto envolvimento nos ataques promovidos pelo PCC desde o último dia 12.

"A possibilidade é que tenha havido sim, mas porque você tem um universo muito grande de pessoas atingidas", disse Giberti na sede central do IML (Instituto Médico Legal) em São Paulo.

Giberti afirmou que a defensoria aguardará o término das investigações para poder emitir uma opinião em definitivo. "Se por acaso tiver havido uma única lesão fruto de qualquer desvio de conduta, vamos proteger as pessoas afetadas por isso."

Números da violência

Dos 109 suspeitos mortos pela polícia durante os ataques promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital desde o último dia 12 em São Paulo, 73 corpos foram identificados pelo IML (Instituto Médico Legal).

Apenas um corpo não identificado foi enterrado como indigente --o prazo para a identificação é de 72 horas.

O superintendente da Polícia Técnica de São Paulo, Celso Perioli, informou no fim da tarde deste sábado que o IML não está superlotado. "Não existe sobrecarga", afirmou.

Segundo Perioli, há 24 gavetas em geladeiras, seis delas vazias na unidade do instituto na zona oeste. A fiscalização do CRM e da defensoria continuará no domingo.

Investigações

O diretor do IML informou que laudos que demoram de 30 a 40 dias para serem concluídos serão entregues à Polícia Civil em no máximo 20 dias.

Embora três funcionários de IMLs diferentes tenham dito à reportagem da Folha de S.Paulo, sob a condição de não terem seus nomes revelados, que a ordem do secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, teria sido a de recolher os laudos, Perioli afirmou que a documentação permanece no instituto.

Ele não mostrou os laudos aos jornalistas, mas disse que os documentos permanecerão no IML até que os exames complementares sejam feitos. "Não houve pedido de laudo por parte do secretário. Fico indignado com a desconfiança gerada", afirmou.

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