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24/05/2006 - 18h27

Bloquear celulares prejudicaria mais de 15 mi de pessoas, diz Vivo

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da Folha Online

O presidente da Vivo, Roberto Lima, disse nesta quarta-feira, em audiência com integrantes da CPI do Tráfico de Armas e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, em Brasília (DF), que determinar o bloqueio do sinal de celulares em todos os presídios do país prejudicaria entre 15 milhões e 18 milhões de pessoas.

O número foi estimado a partir do impacto das medidas adotadas na semana passada para cumprir uma decisão judicial que determinou o bloqueio do sinal em penitenciárias de seis cidades de São Paulo --Avaré, Presidente Venceslau, Iaras, Araraquara, São Vicente e Franco da Rocha.

De acordo com a Vivo, cerca de 40% dos moradores destas cidades foram "bastante prejudicados" pelo bloqueio.

Para tentar reduzir os problemas causados pelo bloqueio, nenhum aparelho conhecido como bloqueador de celulares foi usado. O projeto incluiu apenas o desligamento ou reposicionamento de setores de antenas das empresas de telefonia celular, fixa sem fio e trunking.

Embora esteja prejudicando moradores, o plano não conseguiu impedir a comunicação entre detentos. A Folha Online atestou que os celulares continuam funcionando nas proximidades das unidades supostamente atingidas pelo bloqueio.

O diretor de Operações da Claro, Rodrigo Araújo, disse acreditar em uma solução conjunta para o problema e que não há um consenso. Segundo ele, nos Estados Unidos o bloqueio é proibido enquanto em Israel, Uruguai e Argentina, ele é amplamente utilizado.

Também participam da audiência com parlamentares representantes das operadoras Tim e Oi.

Especialista

Durante a audiência, os parlamentares ouviram ainda o professor da UnB (Universidade de Brasília) Leonardo Menezes. Ele disse que nenhuma tecnologia usada para bloquear sinais de celulares ou antenas é perfeita, porque os aparelhos podem funcionar em diferentes freqüências.

Ele disse ainda que o custo da implantação destas tecnologias varia de acordo com a área de abrangência.

PCC

O debate sobre o bloqueio de sinal de celulares ganhou importância na semana passada, quando o PCC (Primeiro Comando da Capital) ordenou uma série de ataques contra forças de segurança paulistas --o maior da história do Estado-- e uma onda de rebeliões.

Os crimes foram uma represália à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção criminosa, chefiada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ele deverá prestar depoimento à CPI do Tráfico de Armas no começo do mês de junho.

Na terça-feira (23), a advogada de Marcola, Maria Cristina Rachado, prestou depoimento à mesma CPI. Ela é suspeita de ter comprado a gravação do depoimento secreto de dois delegados da Polícia Civil de São Paulo de um ex-funcionário da Câmara e repassado informações ao preso.

Seu suposto cúmplice no crime, o Sérgio Wesley da Cunha, também foi ouvido. Os dois foram submetidos a uma acareação e devem voltar a se encontrar na quinta-feira (25), em nova acareação com o ex-funcionário suspeito de ter oferecido o áudio da sessão secreta aos advogados.

Com Agência Câmara

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