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25/05/2006
-
09h35
da Folha de S.Paulo
Pesquisa do Datafolha realizada após a onda de ataques do crime organizado no Estado de São Paulo revela que a maioria dos brasileiros não gostaria de morar na capital paulista.
Dos 6.000 eleitores entrevistados, 83% dizem que não gostariam de viver na cidade de São Paulo --que registrou a maioria das ações criminosas do PCC. Um em cada dez entrevistados (11%) disse que gostaria. E outros 6% disseram que já moraram na cidade.
Segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, a pesquisa mostra que os atentados e a forte reação da polícia, que diz ter matado 79 suspeitos em confrontos, podem ter prejudicado a imagem da cidade. "A taxa dos que gostariam de morar já era baixa em 2003, quando 17% disseram que viveriam na cidade e 72%, não."
Os entrevistados também foram questionados em relação à negociação ou não do governo com o PCC para que os ataques parassem. Na opinião de 22%, não houve acordo. Para 59%, o governo negociou com o PCC e, desses, 33% acham que o Estado agiu mal em fazê-lo.
A pesquisa também avaliou a opinião dos brasileiros sobre a pena de morte. A população se dividiu: 49% se disse a favor e 45% se manifestou contra. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, há um empate técnico. Só 2% se declararam indiferentes.
A região Sul do Brasil foi a que registrou as mais altas taxas favoráveis à pena de morte --55%. As regiões Sudeste e Nordeste tiveram os índices menos favoráveis à pena de morte --com 47% dos entrevistados. Entre os paulistas, que enfrentaram a crise de segurança, 51% se disseram favoráveis à pena de morte. E 42% afirmaram ser contra.
Já no Rio de Janeiro, Estado que enfrenta constantes problemas de segurança com o crime organizado, 38% disseram ser a favor da pena de morte.
A população entrevistada pelo Datafolha considerou que o Poder Judiciário --juízes e promotores-- é o maior responsável pelos ataques. Outra pesquisa do Datafolha, realizada apenas na capital paulista com 553 pessoas e divulgada no dia 16 deste mês, apontava que 55% consideravam o Judiciário "muito responsável" pelas ações criminosas.
Pela nova pesquisa, políticos também foram considerados "muito responsáveis" pelos ataques. O atual governador paulista, Cláudio Lembo (PFL), por 32% dos entrevistados. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), agora pré-candidato à Presidência, por 29%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, por 30% dos entrevistados.
Para 42% dos brasileiros ouvidos pelo Datafolha, deputados e senadores também têm muita responsabilidade.
Metodologia
A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem com cotas de sexo e idade e sorteio aleatório dos entrevistados. Neste levantamento, realizado nos dias 23 e 24 deste mês, foram entrevistados 6.000 eleitores do país, em 258 municípios. A pesquisa só não inclui eleitores dos Estados de Roraima e Amapá.
A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Isso significa que, se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.
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Dos 6.000 eleitores entrevistados, 83% dizem que não gostariam de viver na cidade de São Paulo --que registrou a maioria das ações criminosas do PCC. Um em cada dez entrevistados (11%) disse que gostaria. E outros 6% disseram que já moraram na cidade.
Segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, a pesquisa mostra que os atentados e a forte reação da polícia, que diz ter matado 79 suspeitos em confrontos, podem ter prejudicado a imagem da cidade. "A taxa dos que gostariam de morar já era baixa em 2003, quando 17% disseram que viveriam na cidade e 72%, não."
Os entrevistados também foram questionados em relação à negociação ou não do governo com o PCC para que os ataques parassem. Na opinião de 22%, não houve acordo. Para 59%, o governo negociou com o PCC e, desses, 33% acham que o Estado agiu mal em fazê-lo.
A pesquisa também avaliou a opinião dos brasileiros sobre a pena de morte. A população se dividiu: 49% se disse a favor e 45% se manifestou contra. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, há um empate técnico. Só 2% se declararam indiferentes.
A região Sul do Brasil foi a que registrou as mais altas taxas favoráveis à pena de morte --55%. As regiões Sudeste e Nordeste tiveram os índices menos favoráveis à pena de morte --com 47% dos entrevistados. Entre os paulistas, que enfrentaram a crise de segurança, 51% se disseram favoráveis à pena de morte. E 42% afirmaram ser contra.
Já no Rio de Janeiro, Estado que enfrenta constantes problemas de segurança com o crime organizado, 38% disseram ser a favor da pena de morte.
A população entrevistada pelo Datafolha considerou que o Poder Judiciário --juízes e promotores-- é o maior responsável pelos ataques. Outra pesquisa do Datafolha, realizada apenas na capital paulista com 553 pessoas e divulgada no dia 16 deste mês, apontava que 55% consideravam o Judiciário "muito responsável" pelas ações criminosas.
Pela nova pesquisa, políticos também foram considerados "muito responsáveis" pelos ataques. O atual governador paulista, Cláudio Lembo (PFL), por 32% dos entrevistados. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), agora pré-candidato à Presidência, por 29%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, por 30% dos entrevistados.
Para 42% dos brasileiros ouvidos pelo Datafolha, deputados e senadores também têm muita responsabilidade.
Metodologia
A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem com cotas de sexo e idade e sorteio aleatório dos entrevistados. Neste levantamento, realizado nos dias 23 e 24 deste mês, foram entrevistados 6.000 eleitores do país, em 258 municípios. A pesquisa só não inclui eleitores dos Estados de Roraima e Amapá.
A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Isso significa que, se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.
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