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25/05/2006
-
10h38
da Folha Online
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Tráfico de Armas começou por volta das 10h30 desta quinta-feira a acareação entre os advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Wesley da Cunha acusados de comprar gravação de depoimentos sigilosos da CPI-- e o ex-operador de áudio da Câmara Artur Vinícius Pilastre Silva, que confessou ter vendido CDs com as declarações.
Rachado é advogada do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ao tomarem conhecimento do teor dos depoimentos delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), lideranças da facção criminosa teriam ordenado os ataques em São Paulo.
Uma acareação entre os advogados realizada na noite de terça-feira (23) mostrou as contradições entre as versões de ambos sobre a compra do áudio da sessão secreta.
O momento mais constrangedor da acareação foi quando o deputado federal Alberto Fraga (PFL-DF) pressionou Cunha para confessar que ele conhece Marcola. Fraga perguntou três vezes consecutivas. Na terceira, disse que estava dando "mais uma chance" ao advogado, e ele confessou: "Já estive com ele [Marcola]."
Sob os advogados pesa a acusação de terem repassado o teor das gravações ao líder da organização criminosa. Os advogados divergiram sobre quem abordou o técnico que, na semana passada, confessou à CPI ter vendido a gravação por R$ 200.
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Rachado é advogada do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ao tomarem conhecimento do teor dos depoimentos delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), lideranças da facção criminosa teriam ordenado os ataques em São Paulo.
Uma acareação entre os advogados realizada na noite de terça-feira (23) mostrou as contradições entre as versões de ambos sobre a compra do áudio da sessão secreta.
O momento mais constrangedor da acareação foi quando o deputado federal Alberto Fraga (PFL-DF) pressionou Cunha para confessar que ele conhece Marcola. Fraga perguntou três vezes consecutivas. Na terceira, disse que estava dando "mais uma chance" ao advogado, e ele confessou: "Já estive com ele [Marcola]."
Sob os advogados pesa a acusação de terem repassado o teor das gravações ao líder da organização criminosa. Os advogados divergiram sobre quem abordou o técnico que, na semana passada, confessou à CPI ter vendido a gravação por R$ 200.
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