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06/06/2006 - 10h32

Defesa de Suzane deve insistir em julgamento sem irmãos Cravinhos

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da Folha Online

Os advogados de Suzane von Richthofen, ré confessa no processo que a acusa de ter planejado e participado da morte dos pais em 2002, devem insistir para que ela seja julgada separada dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, seus comparsas no crime.

Ontem (5), a defesa dos três réus utilizou manobras para impedir que eles fossem julgados. O júri foi remarcado para 17 de julho.

Suzane prefere ser julgada sem os Cravinhos porque a principal estratégia de defesa dela é acusar Daniel, seu namorado na época do crime, de tê-la coagido a matar os pais sob pena de perdê-lo. Segundo o advogado de Suzane Mauro Nacif, por ser rica, a jovem era chamada na família dos irmãos de "galinha dos ovos de ouro" e "bilhete premiado".

Daniel também acusa Suzane. Conforme depoimento dado por ele à Justiça, foi a jovem quem propôs o crime. Os irmãos dizem que, para convencê-los de participar do plano, Suzane dizia ter sido agredida e abusada sexualmente pelo pai, o engenheiro Manfred von Richthofen.

De acordo com Nacif, como as duas partes se acusam mutuamente, o julgamento deverá ser separado.

Júri

O julgamento de Suzane, Daniel e Cristian deveria ter começado ontem (5), no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). Porém, as manobras dos advogados acabaram forçando o presidente da sessão, Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, a remarcá-la.

Os advogados dos Cravinhos disseram ter sido impedidos de manter contato com os clientes dias antes do júri e, por alegarem cerceamento de defesa, não compareceram. Eles deverão justificar sua ausência.

Já a defesa de Suzane deixou o plenário depois que o juiz negou um pedido de adiamento do júri devido à ausência de uma testemunha "imprescindível". Um defensor público e um substituto foram nomeados para assumir a defesa da jovem na próxima sessão, caso seja necessário.

O júri do caso Richthofen é considerado o mais esperado do ano em São Paulo. No total, entre público, jornalistas, convidados e familiares das partes, cerca de 240 pessoas foram ao fórum ontem. Cerca de 5.000 pessoas se inscreveram para assistir ao júri. Apenas 80 foram sorteadas.

Suzane cumpre prisão domiciliar desde o dia 29 de maio, beneficiada por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Os irmãos Cravinhos permanecem presos.

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