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18/06/2006
-
19h24
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina
Os detentos do presídio José Mário Alves da Silva, conhecido como Urso Branco, em Porto Velho (RO), encerraram no começo da noite deste domingo o motim iniciado na tarde de sábado (17). Foram libertadas mais de 200 pessoas, entre presos e familiares, que eram mantidas reféns.
Segundo o secretário-adjunto de Administração Penitenciária de Rondônia, Juarez Barreto Macedo, não houve concessões.
O motim começou às 18h30 (17h30 de Porto Velho) de sábado, quando um grupo de presos decidiram impedir a saída de visitantes e fizeram colegas reféns. Rebelados se entrincheiraram sobre as duas caixas de armazenamento de água que existem no teto do presídio.
Segundo a gerência do sistema penitenciário de Urso Branco, 1.100 homens estão aprisionados no local.
A diretora administrativa de Urso Branco, Tereza Fonseca, disse que nenhum dos "familiares mantidos no presídio sofreu qualquer agressão". Ela disse que também não havia detentos feridos. Permaneceram na unidade durante o motim 168 mulheres, dois homens e 19 crianças.
Os presos reivindicavam o afastamento da direção do presídio e o retorno de dez presos transferidos há uma semana para um presídio em Nova Mamoré (200 km a oeste de Porto Velho).
"Não dá para falar que foi uma rebelião, pois não houve violência e os presos usaram do motim como estratégia para manter as visitas por tempo além de permitido no presídio", disse Macedo. Macedo disse que não dava para identificar os líderes do motim, "já que eles formaram uma comissão, onde os mais perigosos não apareceram nas negociações".
A principal liderança do presídio, Ednildo Paula de Souza, o Birrinha, foi motivo da última rebelião no Urso Branco em dezembro do ano passado, quando os rebelados conseguiram seu retorno a Porto Velho, depois de ter sido transferido para a unidade prisional de Nova Mamoré, que, a exemplo do Urso Branco, é considerado de segurança máxima no Estado.
2002
Em 2002, o presídio Urso Branco ganhou os noticiários internacionais, depois que 27 presos foram mortos --um deles decapitado-- por integrantes de facções adversárias durante rebelião.
O fato levou o Brasil a sofrer cobranças da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão da OEA (Organização dos Estados Americanos), que exigiu que o país tomasse providências para respeitar o direito à vida de quem está recluso.
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Presos liberam cerca de 200 pessoas e encerram motim em RO
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da Agência Folha, em Londrina
Os detentos do presídio José Mário Alves da Silva, conhecido como Urso Branco, em Porto Velho (RO), encerraram no começo da noite deste domingo o motim iniciado na tarde de sábado (17). Foram libertadas mais de 200 pessoas, entre presos e familiares, que eram mantidas reféns.
Segundo o secretário-adjunto de Administração Penitenciária de Rondônia, Juarez Barreto Macedo, não houve concessões.
O motim começou às 18h30 (17h30 de Porto Velho) de sábado, quando um grupo de presos decidiram impedir a saída de visitantes e fizeram colegas reféns. Rebelados se entrincheiraram sobre as duas caixas de armazenamento de água que existem no teto do presídio.
Segundo a gerência do sistema penitenciário de Urso Branco, 1.100 homens estão aprisionados no local.
A diretora administrativa de Urso Branco, Tereza Fonseca, disse que nenhum dos "familiares mantidos no presídio sofreu qualquer agressão". Ela disse que também não havia detentos feridos. Permaneceram na unidade durante o motim 168 mulheres, dois homens e 19 crianças.
Os presos reivindicavam o afastamento da direção do presídio e o retorno de dez presos transferidos há uma semana para um presídio em Nova Mamoré (200 km a oeste de Porto Velho).
"Não dá para falar que foi uma rebelião, pois não houve violência e os presos usaram do motim como estratégia para manter as visitas por tempo além de permitido no presídio", disse Macedo. Macedo disse que não dava para identificar os líderes do motim, "já que eles formaram uma comissão, onde os mais perigosos não apareceram nas negociações".
A principal liderança do presídio, Ednildo Paula de Souza, o Birrinha, foi motivo da última rebelião no Urso Branco em dezembro do ano passado, quando os rebelados conseguiram seu retorno a Porto Velho, depois de ter sido transferido para a unidade prisional de Nova Mamoré, que, a exemplo do Urso Branco, é considerado de segurança máxima no Estado.
2002
Em 2002, o presídio Urso Branco ganhou os noticiários internacionais, depois que 27 presos foram mortos --um deles decapitado-- por integrantes de facções adversárias durante rebelião.
O fato levou o Brasil a sofrer cobranças da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão da OEA (Organização dos Estados Americanos), que exigiu que o país tomasse providências para respeitar o direito à vida de quem está recluso.
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