Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/06/2006 - 10h28

Juiz autoriza advogado a falar com os Cravinhos no fórum

Publicidade

da Folha Online
da Folha de S.Paulo

O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, autorizou o advogado Geraldo Jabur a conversar com seus clientes, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, no Fórum da Barra Funda, caso ele não consiga falar com os irmãos, reservadamente, no presídio em Pinheiros. Os irmãos, ao lado de Suzane von Richthofen, são réus confessos no processo que os acusa de ter planejado e matado os pais dela, em 2002.

Segundo o juiz, é normal a ida de presos ao fórum para conversar com defensores públicos. "Quero evitar a possibilidade de eles arrumarem desculpas para não fazer [o julgamento]", afirmou Anderson Filho. O júri está marcado para o dia 17 de julho.

Nesta semana, Jabur enviou à diretoria do cadeião de Pinheiros (zona oeste) um pedido para conversar com seus clientes em uma sala reservada da unidade, onde estão presos, e não no espaço destinado aos encontros de presos e advogados. No local, o chamado parlatório, os presos ficam separados dos advogados por uma parede de vidro e conversam com eles por interfones.

Motivo similar levou o advogado a faltar ao júri, no último dia 5.

Segundo Jabur, as conversas no parlatório não atendem ao direito dos advogados de manter conversas "pessoais e reservadas" com os clientes. "Não dá para preparar alguém, em um caso complexo como esse, pelo interfone. Eu não falo em segredos, mas cada caso tem detalhes."

Na sexta-feira (16), o advogado disse ter ido até o parlatório e desistido de conversar com os irmãos "naquelas condições". Ele disse à reportagem que voltará na próxima sexta (23). "Vou ver se desta vez eu consigo entrar com 12 volumes [do processo] para conversar com eles."

Julgamento

O julgamento dos três deveria ter começado no último dia 5, mas manobras dos advogados impediram sua realização. Geraldo Jabur e Gislaine Jabur, que defendem os irmãos, sequer compareceram. Eles alegaram "cerceamento de defesa" pois não conseguiram conversar com Daniel e Cristian na semana anterior à data.

"Não fiz o primeiro, não farei o segundo nem o terceiro nem o quarto [júri] se não exercer, em toda a plenitude, meu direito de falar com eles."

Suzane cumpre prisão domiciliar. Na última terça-feira (20), um pedido de vista do ministro Hamilton Carvalhido, da 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), interrompeu o julgamento definitivo do habeas corpus que levou a jovem a permanecer em casa enquanto aguarda o julgamento. No documento, a defesa da ré pede que ela permaneça em liberdade provisória.

Leia mais
  • Justiça decide manter bens dos Richthofen nas mãos de Andreas

    Especial
  • Leia a cobertura completa sobre o júri do caso Richthofen
  • Leia o que já foi publicado sobre a morte do casal Richthofen
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página