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05/07/2006
-
10h47
da Folha Online
Representantes da categoria dos agentes penitenciários e membros de ONGs (Organizações Não-Governamentais) de defesa dos direitos humanos farão manifestação em São Paulo na quinta-feira (6), em protesto contra a violência nos presídios e ataques a funcionários do sistema prisional.
O ato de repúdio à violência e de solidariedade às famílias de quatro funcionários do sistema carcerário mortos nos últimos dias será realizado em frente ao Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional, em Santana (zona norte de São Paulo), a partir das 14h.
O coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, disse que o objetivo da manifestação é colocar em discussão com os sindicatos dos funcionários do sistema penitenciário medidas de proteção à categoria.
Além do MNDH, participam do ato público comissões de direitos humanos da Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), pastorais e ONGs ligadas à causa.
Paralisação
Segundo informou o sindicato, por meio de assessoria, ao menos dez unidades prisionais do Estado de São Paulo --a maioria na região oeste-- mantêm atividades paralisadas. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) ainda não confirmou quantos agentes penitenciários estão sem trabalhar.
Nesta terça-feira, funcionários de 30 das 144 unidades mantiveram os trabalhos suspensos, segundo informações da SAP. O Sifuspesp informou que 3.900 dos 23 mil funcionários do Estado pararam.
A paralisação impediu a entrada de advogados, o envio de objetos por familiares aos presos, e as apresentações de detentos em audiências.
O sindicato informou que agentes penitenciários têm sofrido ameaças de que seriam as próximas vítimas da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Mortos
No último dia 30 de junho, o agente Nilton Celestino, 41, que trabalhava no sistema prisional desde 1991, foi morto na porta de sua casa, em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo). No dia seguinte foi a vez do carcereiro Gilmar Francisco da Silva, 41, morto a tiros no Jardim Panamericano (zona norte de São Paulo). Ele era funcionário do presídio de Pinheiros.
No dia 1º de julho, dois criminosos mataram o agente Eduardo Rodrigues no bairro Jardim João 23 (zona oeste de São Paulo). Ele era funcionário da Penitenciária Feminina de Santana (zona norte de São Paulo).
Na noite do último dia 2, Otacílio do Couto, 41, foi morto no Jardim Joamar (zona norte de São Paulo), quando falava em um telefone público. Os tiros foram disparados por ocupantes de uma Parati vermelha. Couto trabalhava no CDP do Belém (zona leste de São Paulo).
Também na noite do dia 2, outro agente identificado como Joselito Francisco da Silva foi alvo de uma tentativa de homicídio, em Guarulhos (Grande São Paulo). Ele é agente no CDP da cidade.
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Representantes da categoria dos agentes penitenciários e membros de ONGs (Organizações Não-Governamentais) de defesa dos direitos humanos farão manifestação em São Paulo na quinta-feira (6), em protesto contra a violência nos presídios e ataques a funcionários do sistema prisional.
O ato de repúdio à violência e de solidariedade às famílias de quatro funcionários do sistema carcerário mortos nos últimos dias será realizado em frente ao Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional, em Santana (zona norte de São Paulo), a partir das 14h.
O coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, disse que o objetivo da manifestação é colocar em discussão com os sindicatos dos funcionários do sistema penitenciário medidas de proteção à categoria.
Além do MNDH, participam do ato público comissões de direitos humanos da Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), pastorais e ONGs ligadas à causa.
Paralisação
Segundo informou o sindicato, por meio de assessoria, ao menos dez unidades prisionais do Estado de São Paulo --a maioria na região oeste-- mantêm atividades paralisadas. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) ainda não confirmou quantos agentes penitenciários estão sem trabalhar.
Nesta terça-feira, funcionários de 30 das 144 unidades mantiveram os trabalhos suspensos, segundo informações da SAP. O Sifuspesp informou que 3.900 dos 23 mil funcionários do Estado pararam.
A paralisação impediu a entrada de advogados, o envio de objetos por familiares aos presos, e as apresentações de detentos em audiências.
O sindicato informou que agentes penitenciários têm sofrido ameaças de que seriam as próximas vítimas da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Mortos
No último dia 30 de junho, o agente Nilton Celestino, 41, que trabalhava no sistema prisional desde 1991, foi morto na porta de sua casa, em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo). No dia seguinte foi a vez do carcereiro Gilmar Francisco da Silva, 41, morto a tiros no Jardim Panamericano (zona norte de São Paulo). Ele era funcionário do presídio de Pinheiros.
No dia 1º de julho, dois criminosos mataram o agente Eduardo Rodrigues no bairro Jardim João 23 (zona oeste de São Paulo). Ele era funcionário da Penitenciária Feminina de Santana (zona norte de São Paulo).
Na noite do último dia 2, Otacílio do Couto, 41, foi morto no Jardim Joamar (zona norte de São Paulo), quando falava em um telefone público. Os tiros foram disparados por ocupantes de uma Parati vermelha. Couto trabalhava no CDP do Belém (zona leste de São Paulo).
Também na noite do dia 2, outro agente identificado como Joselito Francisco da Silva foi alvo de uma tentativa de homicídio, em Guarulhos (Grande São Paulo). Ele é agente no CDP da cidade.
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