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08/07/2006 - 13h28

Agentes mantêm protesto e impedem visitas em presídios paulistas

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da Folha Online

Agentes penitenciários mantêm neste sábado o protesto iniciado ontem contra a morte do quinto agente e impedem a visita em pelo menos 30 presídios de São Paulo, segundo o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo).

A manifestação foi confirmada pelo dirigente da entidade, João Batista Pancioni. A assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária, porém, confirma a paralisação apenas no complexo penitenciário de Guarulhos (Grande São Paulo).

Segundo Pancioni, a manifestação acontece em diversos presídios da Grande São Paulo e do interior. Em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo), por exemplo, os agentes das quatro unidades do complexo aderiram ao protesto, e nenhum visitante pôde entrar.

"Não temos nada contra os encarcerados. Mas queremos que resolvam essa situação em que se encontra o sistema prisional. A situação está crítica tanto para os presos como para os agentes", comentou Pancioni.

O quinto agente morto, Paulo Gilberto de Araújo, 54, trabalhava na segurança da penitenciária em Guarulhos e foi enterrado hoje, por volta das 10h.

O PCC (Primeiro Comando da Capital) é apontado pela polícia como responsável pelo assassinato dos agentes. Depois de realizar a maior onde de ataques às forças de segurança pública do Estado de São Paulo, a facção criminosa já havia informado que os agentes passariam a ser o novo alvo.

Sindicalistas se dizem "presas fáceis" do PCC e culpam o governo pela situação. Já o governador Cláudio Lembo (PFL) disse ontem que o Estado não tem como assegurar escolta para seus 23 mil agentes prisionais.

Portaria da Polícia Federal vai autorizar na segunda-feira o porte de arma para os agentes, mesmo fora do trabalho.

Lembo disse que esses servidores poderão tomar empréstimos no banco estatal Nossa Caixa para comprar armas. Um revólver calibre 38 custa hoje cerca de R$ 650.

Dentro das penitenciárias, o caos registrado nesta semana em Araraquara (SP) se espalhou pelo Estado de São Paulo. Ontem havia presos em péssimas condições em penitenciárias de Itirapina, Hortolândia e Campinas.

Com Folha de S.Paulo

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