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08/07/2006
-
14h29
da Folha Online
O vigilante Francisco de Assis Tavares, 42, foi morto na madrugada deste sábado com um tiro na cabeça em frente ao prédio da Justiça Federal de São Paulo, localizado no número 1.682 da avenida Paulista, na capital.
Tavares estava a serviço e seu corpo foi encontrado dentro do prédio.
A Secretaria de Segurança Pública ainda não sabe se o crime tem alguma relação com os ataques supostamente liderados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), mas não descartou a hipótese. Em dez dias, cinco agentes penitenciários foram mortos no Estado, em ações atribuídas à facção criminosa. Neste sábado, a categoria realiza protestos em unidades prisionais do Estado.
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 78º DP (Jardins), o corpo de Tavares foi encontrado à 1h10 por guardas civis metropolitanos, que foram acionados por dois moradores de rua. Eles disseram aos guardas que ouviram disparos de arma de fogo e viram duas pessoas correndo.
A Polícia Militar foi acionada e Tavares levado ao Hospital das Clínicas, onde não resistiu ao ferimento e morreu.
A PM ouviu um outro vigia que trabalhava com Tavares no momento do crime. A testemunha, identificada apenas como Marcelo, disse que não ouviu nenhum barulho e que fazia uma ronda no prédio.
A testemunha acredita que o autor dos disparos deve ter se passado por entregador de jornal, pois foram encontrados dois pacotes do Diário Oficial do Estado na entrada do prédio.
Agentes
Ontem, Paulo Gilberto de Araújo, diretor do sindicato da categoria, foi baleado na Casa Verde, zona norte de São Paulo.
No último dia 26, uma suposta tentativa de ataque contra agentes penitenciários planejada pelo PCC foi frustrada pela polícia. Na ação, 13 suspeitos foram mortos por policiais na região de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).
Neste sábado, parte dos agentes permanece em protesto contra as mortes e a falta de segurança. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, são 19 unidades prisionais com atividades paralisadas. Já o sindicato da categoria fala em cerca de 30 presídios e centros de detenção provisória sem atendimento por conta da manifestação.
O governador paulista, Cláudio Lembo (PFL) afirmou ontem não ser possível assegurar escolta para os 23 mil agentes prisionais do Estado e pediu à categoria "coragem cívica para suportar esse momento difícil".
Com Folha de S.Paulo
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O vigilante Francisco de Assis Tavares, 42, foi morto na madrugada deste sábado com um tiro na cabeça em frente ao prédio da Justiça Federal de São Paulo, localizado no número 1.682 da avenida Paulista, na capital.
Tavares estava a serviço e seu corpo foi encontrado dentro do prédio.
A Secretaria de Segurança Pública ainda não sabe se o crime tem alguma relação com os ataques supostamente liderados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), mas não descartou a hipótese. Em dez dias, cinco agentes penitenciários foram mortos no Estado, em ações atribuídas à facção criminosa. Neste sábado, a categoria realiza protestos em unidades prisionais do Estado.
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 78º DP (Jardins), o corpo de Tavares foi encontrado à 1h10 por guardas civis metropolitanos, que foram acionados por dois moradores de rua. Eles disseram aos guardas que ouviram disparos de arma de fogo e viram duas pessoas correndo.
A Polícia Militar foi acionada e Tavares levado ao Hospital das Clínicas, onde não resistiu ao ferimento e morreu.
A PM ouviu um outro vigia que trabalhava com Tavares no momento do crime. A testemunha, identificada apenas como Marcelo, disse que não ouviu nenhum barulho e que fazia uma ronda no prédio.
A testemunha acredita que o autor dos disparos deve ter se passado por entregador de jornal, pois foram encontrados dois pacotes do Diário Oficial do Estado na entrada do prédio.
Agentes
Ontem, Paulo Gilberto de Araújo, diretor do sindicato da categoria, foi baleado na Casa Verde, zona norte de São Paulo.
No último dia 26, uma suposta tentativa de ataque contra agentes penitenciários planejada pelo PCC foi frustrada pela polícia. Na ação, 13 suspeitos foram mortos por policiais na região de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).
Neste sábado, parte dos agentes permanece em protesto contra as mortes e a falta de segurança. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, são 19 unidades prisionais com atividades paralisadas. Já o sindicato da categoria fala em cerca de 30 presídios e centros de detenção provisória sem atendimento por conta da manifestação.
O governador paulista, Cláudio Lembo (PFL) afirmou ontem não ser possível assegurar escolta para os 23 mil agentes prisionais do Estado e pediu à categoria "coragem cívica para suportar esse momento difícil".
Com Folha de S.Paulo
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