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10/07/2006 - 10h40

Agentes penitenciários retomam atividades e aguardam medidas do governo

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da Folha Online

Agentes penitenciários de São Paulo retomam nesta segunda-feira as atividades nos presídios em que houve paralisação no fim de semana e aguardam o governo estadual divulgar medidas para segurança da categoria.

No domingo (9), houve paralisação em ao menos 30 unidades do sistema prisional paulista, segundo informações do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo).

O governador Cláudio Lembo (PFL) disse no domingo (9) que a portaria que regulamenta o porte de armas pelos agentes deve ser publicada nesta segunda-feira.

"Esperamos que seja posta em discussão a estrutura do sistema prisional. Não adianta o governo anunciar medidas paliativas, para agradar a opinião pública", afirmou o secretário-geral do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), Rozalvo José da Silva.

No fim de semana, policiais militares foram alvo de ao menos quatro ataques em São Paulo. A polícia ainda investiga se os crimes estão ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção que, em maio, deu início à maior onda de ataques às forças de segurança no Estado e, desde 28 de junho, teria sido responsável pela morte de cinco agentes penitenciários.

Um carcereiro também foi morto e outros dois agentes foram vítimas de tentativa de homicídio. Segundo dados do Sindasp, 14 agentes penitenciários morreram a mando do PCC desde maio.

A orientação do sindicato é de paralisação de 24 horas nas atividades para cada agente morto. No fim de semana, a situação foi tensa no oeste paulista, segundo informações de sindicalistas.

Em Martinópolis (553 km de São Paulo) os agentes suspenderam as visitas durante o fim de semana e cerca de 1.200 presos ameaçaram se rebelar. Dois funcionários registraram Boletim de Ocorrência e disseram ter recebido ameaças de morte.

Polícia

Nos crimes contra policiais registrados no fim de semana, um PM e um sargento da reserva foram assassinados. Outros dois policiais militares foram alvo de ataques, mas não se feriram.

Uma das mortes ocorreu em Heliópolis, na zona sul. O PM José Tibiriçá da Silva, 34, foi morto a tiros por volta das 23h de anteontem, num bar em frente de casa, logo depois de chegar do trabalho.

Em outro crime, um sargento da reserva da PM foi assassinado com 19 tiros na saída de uma drogaria, na estrada de Mogi das Cruzes, 2.700, em Ermelino Matarazzo, na zona leste. Ele trabalhava como segurança para os comerciantes do bairro.

O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, minimizou a ligação da morte com ações do PCC. "É uma questão envolvendo discussão pessoal. Foi um policial, mas poderia ter sido um médico, eu, qualquer um, mas estou dizendo que é uma fatalidade." Parentes e amigos, porém, dizem que a vítima não tinha inimigos ou sofrido ameaças.

Com Agora e Folha de S.Paulo

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