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13/07/2006
-
09h01
FABIANE LEITE
da Folha de S.Paulo
O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, um dos responsáveis pelas investigações do PCC, disse ao comentar os ataques criminosos da madrugada de ontem que a facção "continua poderosa, mostrando eficácia".
"É a segunda onda de ataques. A organização ainda não foi desmantelada. O PCC ainda possui bases e suas lideranças não foram totalmente isoladas", continuou.
Pinho, no entanto, afirmou em seguida que o grupo criminoso vem "sofrendo baixas" e que seus líderes estão presos. O Ministério Público realiza investigações independentes e responderá por todas as ações judiciais ligadas à onda de violência atual e à registrada há dois meses no Estado.
Anteontem, o governador Cláudio Lembo (PFL) afirmou que a facção não dominava mais presídios.
Poucas investigações da Promotoria foram concluídas. Segundo Pinho, as principais medidas tomadas até o momento foram as denúncias contra três advogados do PCC, que estão presos, e contra integrantes da facção em Campinas. Duas outras denúncias foram feitas por causa do assassinato de policiais durante a matança de maio, informou ainda.
Segundo o procurador-geral, ainda estão em curso tratativas da Promotoria com empresas de telefonia para evitar a comunicação por celular em presídios, além das apurações regionalizadas do grupo especial do Ministério Público que investiga o crime organizado e das investigações da maior parte das 492 mortes ocorridas durante a primeira onda de violência, estas a cargo dos promotores do Tribunal do Júri.
A legalidade das ações da polícia também ainda está em investigação em um grupo que acompanha a atividade policial.
Pinho defendeu que, diante dos novos ataques, o poder público atue "de forma uniforme", e que haja mudanças legais para punições mais rigorosas de lideranças da facção.
Ele não quis comentar, no entanto, os problemas revelados recentemente entre a Secretaria da Administração Penitenciária e a Secretaria da Segurança Pública. Nos ataques de maio, os promotores tiveram também problemas para acessar informações criminais.
Mutirão social
O subdefensor público do Estado de São Paulo, Pedro Giberti, defendeu ontem um "mutirão social", com a participação de entidades de direitos humanos, da defensoria, que atende carentes, do governo estadual, do Ministério Público e de representantes do Judiciário.
Para ele, juízes têm sido "mais realistas que o rei" em suas condenações e o governo despreza entidades que dão auxílio humanitário a presos. "Não dá para o governo não sentar com as entidades, que podem viabilizar um diálogo legítimo com os presos."
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O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, um dos responsáveis pelas investigações do PCC, disse ao comentar os ataques criminosos da madrugada de ontem que a facção "continua poderosa, mostrando eficácia".
"É a segunda onda de ataques. A organização ainda não foi desmantelada. O PCC ainda possui bases e suas lideranças não foram totalmente isoladas", continuou.
Pinho, no entanto, afirmou em seguida que o grupo criminoso vem "sofrendo baixas" e que seus líderes estão presos. O Ministério Público realiza investigações independentes e responderá por todas as ações judiciais ligadas à onda de violência atual e à registrada há dois meses no Estado.
Anteontem, o governador Cláudio Lembo (PFL) afirmou que a facção não dominava mais presídios.
Poucas investigações da Promotoria foram concluídas. Segundo Pinho, as principais medidas tomadas até o momento foram as denúncias contra três advogados do PCC, que estão presos, e contra integrantes da facção em Campinas. Duas outras denúncias foram feitas por causa do assassinato de policiais durante a matança de maio, informou ainda.
Segundo o procurador-geral, ainda estão em curso tratativas da Promotoria com empresas de telefonia para evitar a comunicação por celular em presídios, além das apurações regionalizadas do grupo especial do Ministério Público que investiga o crime organizado e das investigações da maior parte das 492 mortes ocorridas durante a primeira onda de violência, estas a cargo dos promotores do Tribunal do Júri.
A legalidade das ações da polícia também ainda está em investigação em um grupo que acompanha a atividade policial.
Pinho defendeu que, diante dos novos ataques, o poder público atue "de forma uniforme", e que haja mudanças legais para punições mais rigorosas de lideranças da facção.
Ele não quis comentar, no entanto, os problemas revelados recentemente entre a Secretaria da Administração Penitenciária e a Secretaria da Segurança Pública. Nos ataques de maio, os promotores tiveram também problemas para acessar informações criminais.
Mutirão social
O subdefensor público do Estado de São Paulo, Pedro Giberti, defendeu ontem um "mutirão social", com a participação de entidades de direitos humanos, da defensoria, que atende carentes, do governo estadual, do Ministério Público e de representantes do Judiciário.
Para ele, juízes têm sido "mais realistas que o rei" em suas condenações e o governo despreza entidades que dão auxílio humanitário a presos. "Não dá para o governo não sentar com as entidades, que podem viabilizar um diálogo legítimo com os presos."
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