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13/07/2006
-
08h36
ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A CPI do Tráfico de Armas quebrou o sigilo bancário, fiscal e telefônico de 14 advogados suspeitos de trabalhar para o crime organizado. Ao todo, a comissão investiga 34 advogados, a maioria deles por possível ligação com o PCC.
Segundo o deputado Moroni Torgan (PFL-CE), que preside a CPI, as quebras de sigilo bancário dos advogados e de familiares de criminosos deve revelar as principais contas da facção. Estima-se que, só em contribuições de integrantes, movimentem R$ 750 mil mensais.
Parlamentares ouviram ontem os advogados Nelson Roberto Vinha e Eduardo Diamante, ambos presos. Eles negaram ter ligações com o PCC.
Conforme o Ministério Público de São Paulo, em junho, Vinha entrou em um presídio de Mauá (Grande SP) com seis celulares, repassados a presos visitados por ele. O acusado negou ter levado os aparelhos, beneficiando-se do fato de, por ser advogado, não ser revistado.
Diamante divide com o presidiário Bruno Pascini uma empresa que fabrica bolas de futebol usando a mão-de-obra de presos. Segundo promotores, ao alegar ter detectado defeitos em algumas unidades, as bolas foram enviadas de novo às prisões para conserto. Teriam chegado ao destino recheadas com armas, drogas e celulares. Diamante manteve-se calado e não comentou a acusação de ter recebido R$ 15 mil para viabilizar a entrada dos telefones.
"A CPI ficou convencida de que ele é do esquema do PCC há tempos", disse Torgan.
Em Brasília, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que "uma pessoa que tem o título de advogado, mas se presta a co-autoria de crimes, não é advogado, é criminoso e tem que ser punido pela Justiça e pela OAB".
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CPI quebra sigilos de 14 advogados suspeitos de elo com crime organizado
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A CPI do Tráfico de Armas quebrou o sigilo bancário, fiscal e telefônico de 14 advogados suspeitos de trabalhar para o crime organizado. Ao todo, a comissão investiga 34 advogados, a maioria deles por possível ligação com o PCC.
Segundo o deputado Moroni Torgan (PFL-CE), que preside a CPI, as quebras de sigilo bancário dos advogados e de familiares de criminosos deve revelar as principais contas da facção. Estima-se que, só em contribuições de integrantes, movimentem R$ 750 mil mensais.
Parlamentares ouviram ontem os advogados Nelson Roberto Vinha e Eduardo Diamante, ambos presos. Eles negaram ter ligações com o PCC.
Conforme o Ministério Público de São Paulo, em junho, Vinha entrou em um presídio de Mauá (Grande SP) com seis celulares, repassados a presos visitados por ele. O acusado negou ter levado os aparelhos, beneficiando-se do fato de, por ser advogado, não ser revistado.
Diamante divide com o presidiário Bruno Pascini uma empresa que fabrica bolas de futebol usando a mão-de-obra de presos. Segundo promotores, ao alegar ter detectado defeitos em algumas unidades, as bolas foram enviadas de novo às prisões para conserto. Teriam chegado ao destino recheadas com armas, drogas e celulares. Diamante manteve-se calado e não comentou a acusação de ter recebido R$ 15 mil para viabilizar a entrada dos telefones.
"A CPI ficou convencida de que ele é do esquema do PCC há tempos", disse Torgan.
Em Brasília, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que "uma pessoa que tem o título de advogado, mas se presta a co-autoria de crimes, não é advogado, é criminoso e tem que ser punido pela Justiça e pela OAB".
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