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13/07/2006 - 11h06

Agentes penitenciários protestam contra ataques em São Paulo

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LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online

Agentes penitenciários de São Paulo protestam nesta quinta-feira contra os últimos ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Na quarta-feira (12), o agente Abner Machado da Silveira, 53, foi morto a tiros em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo).

Foi o sexto agente penitenciário morto desde 28 junho último. Um carcereiro também foi assassinado. Outros dois agentes foram atacados e ficaram gravemente feridos.

Segundo a assessoria de imprensa do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), a orientação é para que a categoria realize uma paralisação de 24 horas a cada agente morto.

Ainda de acordo com o sindicato, o protesto, iniciado à 0h desta quinta, atinge algumas unidades da região metropolitana e outras 17 do interior. Serviços de alimentação e atendimento médico são mantidos.

Também nesta quinta, entidades de direitos humanos e agentes penitenciários realizam missa em memória dos mortos, na sede do sindicato, em Santana, zona norte de São Paulo.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) afirma que não há alteração na rotina das unidades prisionais, apesar do protesto anunciado pelo sindicato.

O Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), outro sindicato que representa a categoria, afirma que a recomendação é para que os trabalhadores cruzem os braços no fim de semana, conforme decisão tomada em assembléia realizada na última terça (11).. Ficou decidido que os assassinatos a funcionários ou parentes durante a semana vão acarretar em paralisação no sábado e no domingo.

Ataques

Desde a noite da última terça, São Paulo vive nova onda de violência atribuída ao PCC. Desde então, foram atacados prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas, ônibus e forças de segurança.

Conforme o último balanço da Secretaria da Segurança Pública, seis pessoas morreram, mas o número pode aumentar.

As vítimas são um policial militar, sua irmã (mortos na zona norte de São Paulo), três vigilantes particulares (no Guarujá) e um guarda municipal (em Cabreúva). As mortes de um agente prisional, em Campinas, e do filho de um investigador, em São Vicente, não haviam entrado nas estatísticas oficiais.

Um possível plano de transferência de presos para a penitenciária federal de Catanduvas (PR) teria sido o motivo da nova onda de ataques --a maior desde as ações de maio.

Reportagem publicada nesta quinta-feira pela Folha mostra que a nova onda de ataques foi uma represália contra a tortura, os maus-tratos a parentes e às condições dos presídios, conforme o ex-policial civil Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG Nova Ordem, investigada pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa.

Maio

Na maior série de atentados promovida pelo PCC, entre 12 e 19 de maio, o PCC promoveu uma onda de rebeliões que atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista e realizou 299 ataques, incluindo incêndios a ônibus.

Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.

A partir de 28 de junho, os atentados passaram a atingir também agentes penitenciários. Desde então, seis agentes penitenciários e um carcereiro foram mortos. Outros dois agentes sofreram tentativas de homicídio.

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