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13/07/2006 - 16h19

Ex-secretário nacional da Segurança critica métodos de combate ao PCC

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da Folha Online

O coronel da PM José Vicente da Silva, ex-secretário nacional da Segurança Pública, chamou de "amadora" e de "perigosa" a decisão do Comando Geral da PM e da Prefeitura de São Paulo de colocar policiais militares armados à paisana entre os passageiros das principais linhas da cidade para combater os ataques que têm ocorrido em todo o Estado desde terça (11).

Os ônibus são o principal alvo do PCC (Primeiro Comando da Capital). Dos 106 ataques contra 121 alvos registrados até as 12h desta quinta em todo o Estado, 68 foram incêndios ou disparos contra ônibus --mais de 64%.

Os crimes assustaram os empresários do setor, e a cidade amanheceu sem ônibus. Às 12h, somente cerca de 15% da frota circulava.

"Se o policial está disfarçado, o delinqüente entre no ônibus para anunciar o assalto ou uma ação. O policial, então, precisa se identificar e sacar a arma. Pode haver uma reação que vai submeter as pessoas a situações de risco. E em ônibus, às vezes, há pessoas muito próximas, apinhadas."

O pacote de estratégias adotadas pela PM e pela administração municipal para tentar convencer os empresários do setor de transportes a tirar seus ônibus das garagens inclui o mapeamento dos crimes, a identificação dos pontos mais críticos, o policiamento ostensivo e os PMs disfarçados.

De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Eliseu Eclair Teixeira, os PMs que irão misturar-se aos passageiros foram orientados a monitorar os ataques e preservar a segurança. "Prender não é o principal, quando a vida dos usuários estiver em perigo."

Questionado sobre o uso de armas, porém, ele foi incisivo: "PM sempre está armado".

Para o coronel da PM, os incendiários são principalmente rapazes com 18 a 20 anos. Ele acredita que os crimes foram "terceirizados" pelo PCC.

Disputa

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, descartou nesta quinta a hipótese de que ao menos parte dos ataques contra ônibus tenha sido encomendada por empresários rivais ou cooperativas de vans e microônibus. "A origem é o PCC, é o crime organizado."

Para o ex-secretário nacional de Segurança, porém, a hipótese deve ser considerada como principal linha de investigação. "Mais uma vez, assim como em maio, ainda não se incendiou nenhum veículo alternativo."

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