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17/07/2006
-
19h30
da Folha Online
Em interrogatório realizado no final da tarde desta segunda-feira, no 1º Tribunal do Júri de São Paulo, Cristian Cravinhos, 30, disse ter assumido parte da culpa na morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, ocorrida em outubro de 2002, com a intenção de ajudar o irmão, Daniel.
Na época do crime, Daniel namorava a filha do casal, Suzane von Richthofen. Os três são réus confessos no processo que os acusa de tê-los matado.
"Eu fiquei morrendo de medo [ao tomar conhecimento da repercussão da morte do casal na imprensa]. Pensei que, se eu assumisse o homicídio, meu irmão ficaria menos tempo preso", disse.
Cristian, que fala de maneira bem mais descontraída que o irmão, se contradisse ainda no início de seu interrogatório. Primeiro ele disse que não sabia de eventuais problemas no relacionamento entre Suzane e a mãe dela. "Eu não sabia da relação deles. Se a mãe brigava, se não brigava. Eu não tinha conhecimento."
Em seguida, ele admitiu ter ouvido a moça reclamar das restrições impostas pelos pais em ocasiões anteriores. "Suzane falava que o pai dela era ruim, que ela não tinha vida, que a vida era boa quando os pais não estavam."
De acordo com Cristian, Daniel e Suzane só o comunicaram sobre o plano de matar os pais dela horas antes do crime, e lhe pediram ajuda. Ele disse que não acreditava que o irmão fosse até o fim. "Eu dizia 'meu, não faz isso, meu'." Ele relatou ainda que tentou evitar o crime, inclusive, depois de chegar à casa. "Eu bati a porta do carro e pisei mais forte, para ver se os acordava."
Cristian disse que Suzane o repreendeu sobre a possibilidade dos pais acordarem e disse que, se ele não fosse ajudá-los, que ao menos não os atrapalhasse. "Quero matar meus pais hoje", ela teria dito.
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Cristian diz ter assumido culpa na morte dos Richthofen para ajudar irmão
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Em interrogatório realizado no final da tarde desta segunda-feira, no 1º Tribunal do Júri de São Paulo, Cristian Cravinhos, 30, disse ter assumido parte da culpa na morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, ocorrida em outubro de 2002, com a intenção de ajudar o irmão, Daniel.
Na época do crime, Daniel namorava a filha do casal, Suzane von Richthofen. Os três são réus confessos no processo que os acusa de tê-los matado.
"Eu fiquei morrendo de medo [ao tomar conhecimento da repercussão da morte do casal na imprensa]. Pensei que, se eu assumisse o homicídio, meu irmão ficaria menos tempo preso", disse.
Cristian, que fala de maneira bem mais descontraída que o irmão, se contradisse ainda no início de seu interrogatório. Primeiro ele disse que não sabia de eventuais problemas no relacionamento entre Suzane e a mãe dela. "Eu não sabia da relação deles. Se a mãe brigava, se não brigava. Eu não tinha conhecimento."
Em seguida, ele admitiu ter ouvido a moça reclamar das restrições impostas pelos pais em ocasiões anteriores. "Suzane falava que o pai dela era ruim, que ela não tinha vida, que a vida era boa quando os pais não estavam."
De acordo com Cristian, Daniel e Suzane só o comunicaram sobre o plano de matar os pais dela horas antes do crime, e lhe pediram ajuda. Ele disse que não acreditava que o irmão fosse até o fim. "Eu dizia 'meu, não faz isso, meu'." Ele relatou ainda que tentou evitar o crime, inclusive, depois de chegar à casa. "Eu bati a porta do carro e pisei mais forte, para ver se os acordava."
Cristian disse que Suzane o repreendeu sobre a possibilidade dos pais acordarem e disse que, se ele não fosse ajudá-los, que ao menos não os atrapalhasse. "Quero matar meus pais hoje", ela teria dito.
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