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17/07/2006
-
15h33
da Folha Online
O júri do caso Richthofen começou na tarde desta segunda-feira em São Paulo, com os depoimentos dos três réus --os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos e a filha das vítimas, Suzane von Richthofen. Daniel, o primeiro a ser ouvido pelo juiz Alberto Anderson Filho, isentou o irmão da responsabilidade pelas mortes.
Ele acusou Suzane de ser a mentora do crime e disse ter matado sozinho o casal Manfred e Marísia. Segundo seu depoimento, Cristian, muito nervoso, desistiu de participar do assassinato.
Daniel disse ter, primeiro, matado Manfred e, em seguida, Marísia. O crime aconteceu em 2002, na casa das vítimas, no Brooklin, zona sul de São Paulo. O casal foi surpreendido enquanto dormia e golpeado com bastões, ainda na cama.
Anteriormente, Daniel já havia mostrado preocupação em isentar o irmão. Meses depois do crime, ao ser interrogado pela Justiça, o jovem afirmara que o irmão não concordava em participar do assassinato e dizia que seriam pegos pela polícia.
Ainda durante o depoimento desta segunda, Daniel disse que Suzane se drogava e era agredida pelos pais. De acordo com ele, a jovem sofria abusos sexuais e tinha diversos planos para matar o casal.
Daniel foi o primeiro a depor, conforme acordo entre as defesas e o Ministério Público. Depois serão ouvidos Cristian e Suzane. A previsão é que o julgamento dure, no mínimo, quatro dias.
Julgamento
O júri do caso Richthofen é considerado o mais esperado do ano em São Paulo.
Quatro homens e três mulheres compõem o júri. A defesa de Suzane queria que fosse composto por mais mulheres.
A estratégia é acusar Daniel Cravinhos, namorado de Suzane à época do crime, e comprovar que ele a dominava por meio do uso freqüente de drogas e do vínculo mantido pelo sexo.
O advogado Mauro Nacif classifica sua tese como "coação moral irresistível", ou seja, de que Suzane foi pressionada por Daniel para participar do crime, sob pena de perdê-lo.
O júri deveria ter ocorrido em junho. A sessão foi adiada depois que os advogados de Suzane abandonaram o plenário, antes da instauração do júri, em protesto contra a decisão do juiz que presidia a sessão, Alberto Anderson Filho, de ignorar a ausência de uma testemunha da defesa e prosseguir com os trabalhos.
Na ocasião, os advogados dos irmãos Cravinhos sequer compareceram ao tribunal. Eles alegaram cerceamento da defesa, pois não haviam conseguido encontrar-se com os clientes na semana anterior à data.
LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e GABRIELA MANZINI, da Folha Online
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O júri do caso Richthofen começou na tarde desta segunda-feira em São Paulo, com os depoimentos dos três réus --os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos e a filha das vítimas, Suzane von Richthofen. Daniel, o primeiro a ser ouvido pelo juiz Alberto Anderson Filho, isentou o irmão da responsabilidade pelas mortes.
Ele acusou Suzane de ser a mentora do crime e disse ter matado sozinho o casal Manfred e Marísia. Segundo seu depoimento, Cristian, muito nervoso, desistiu de participar do assassinato.
Ayrton Vignola/Folha Imagem |
Pais dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos chegam no fórum da Barra Funda, em SP |
Daniel disse ter, primeiro, matado Manfred e, em seguida, Marísia. O crime aconteceu em 2002, na casa das vítimas, no Brooklin, zona sul de São Paulo. O casal foi surpreendido enquanto dormia e golpeado com bastões, ainda na cama.
Anteriormente, Daniel já havia mostrado preocupação em isentar o irmão. Meses depois do crime, ao ser interrogado pela Justiça, o jovem afirmara que o irmão não concordava em participar do assassinato e dizia que seriam pegos pela polícia.
Ainda durante o depoimento desta segunda, Daniel disse que Suzane se drogava e era agredida pelos pais. De acordo com ele, a jovem sofria abusos sexuais e tinha diversos planos para matar o casal.
Daniel foi o primeiro a depor, conforme acordo entre as defesas e o Ministério Público. Depois serão ouvidos Cristian e Suzane. A previsão é que o julgamento dure, no mínimo, quatro dias.
Julgamento
O júri do caso Richthofen é considerado o mais esperado do ano em São Paulo.
Quatro homens e três mulheres compõem o júri. A defesa de Suzane queria que fosse composto por mais mulheres.
17.jul.2006/Folha Imagem |
Fachada do Centro de Ressocialização Feminino, onde Suzane aguarda sentença |
A estratégia é acusar Daniel Cravinhos, namorado de Suzane à época do crime, e comprovar que ele a dominava por meio do uso freqüente de drogas e do vínculo mantido pelo sexo.
O advogado Mauro Nacif classifica sua tese como "coação moral irresistível", ou seja, de que Suzane foi pressionada por Daniel para participar do crime, sob pena de perdê-lo.
O júri deveria ter ocorrido em junho. A sessão foi adiada depois que os advogados de Suzane abandonaram o plenário, antes da instauração do júri, em protesto contra a decisão do juiz que presidia a sessão, Alberto Anderson Filho, de ignorar a ausência de uma testemunha da defesa e prosseguir com os trabalhos.
Na ocasião, os advogados dos irmãos Cravinhos sequer compareceram ao tribunal. Eles alegaram cerceamento da defesa, pois não haviam conseguido encontrar-se com os clientes na semana anterior à data.
LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e GABRIELA MANZINI, da Folha Online
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