Publicidade
Publicidade
18/07/2006
-
11h38
da Folha Online
O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, decidiu nesta terça-feira que os acusados de planejar e matar o casal Richthofen ficarão frente a frente, em uma acareação.
Manifestaram interesse pela acareação o Ministério Público e a defesa dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, que chamou de "mentirosa" a outra acusada no processo, Suzane Richthofen --filha das vítimas--, após seu interrogatório. Para o promotor Roberto Tardelli, que atua no caso, a acareação pode ajudar a esclarecer 15 pontos, como por exemplo, quem teve a idéia do crime.
De acordo com o juiz, apenas Suzane e Daniel participarão da acareação. Os trabalhos, porém, não devem ocorrer nesta terça-feira, segundo dia do julgamento. Primeiro, serão ouvidas as 16 testemunhas do processo.
A sessão desta terça, prevista para começar às 10h, começou por volta das 11h15. O irmão de Suzane, Andreas, será a primeira testemunha a ser ouvida.
Interrogatórios
Contradições e acusações mútuas marcaram os interrogatórios dos três réus na segunda-feira (17).
Daniel assumiu ter matado o casal sozinho e isentou o irmão de participação no crime. Cristian disse ter assumido parte da culpa na morte do casal com a intenção de ajudar o irmão. Na época do crime, Daniel namorava Suzane.
O promotor Nadir de Campos Júnior disse que o próximo passo é provar aos jurados que, de acordo com laudos periciais, duas pessoas mataram o casal --o que tornaria inverossímil a versão dos Cravinhos, de que apenas Daniel teria atacado Manfred e Marísia.
Também durante o primeiro dia do júri, Suzane afirmou que foi induzida pelo ex-namorado. A versão segue a estratégia anunciada pela defesa, de coação moral, ou seja, de que ela foi pressionada por Daniel para participar do crime, sob pena de perdê-lo.
Ela afirmou que não sabia dos planos do então namorado para matar seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen. O casal foi morto na casa da família, na zona sul de São Paulo, em outubro de 2002.
O advogado Geraldo Jabur, que defende os irmãos, chamou a acusada de mentirosa, após seu interrogatório.
Expectativa
O júri do caso Richthofen é considerado o mais esperado do ano em São Paulo.
Em junho, a sessão foi adiada depois que os advogados de Suzane abandonaram o plenário, antes da instauração do júri, em protesto contra a decisão do juiz que presidia a sessão, Alberto Anderson Filho, de ignorar a ausência de uma testemunha da defesa e prosseguir com os trabalhos.
Já os advogados dos irmãos Cravinhos sequer compareceram ao tribunal. Eles alegaram cerceamento da defesa, pois não haviam conseguido encontrar-se com os clientes na semana anterior à data.
Para a Promotoria, os três cometeram o crime para ficar com o patrimônio da família Richthofen. A acusação deve pedir penas idênticas para os réus, que podem chegar a 50 anos. No Brasil, o condenado fica preso por, no máximo, 30 anos.
Crime
Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam. Atualmente, a casa da família está coberta de pichações de ataque aos assassinos.
Suzane e os irmãos Cravinhos foram denunciados (acusados formalmente) por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.
Colaboraram GABRIELA MANZINI, da Folha Online, LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
Leia mais
Delegada desmonta nova versão dos Cravinhos e ressalta frieza de Suzane
Juiz diz que acareação deve esclarecer pouco sobre morte dos Richthofen
Promotor aposta em pena mais severa para Cristian Cravinhos
Especial
Leia a cobertura completa sobre o júri do caso Richthofen
Leia o que já foi publicado sobre a morte do casal Richthofen
Juiz decide fazer acareação entre acusados de matar casal Richthofen
Publicidade
O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, decidiu nesta terça-feira que os acusados de planejar e matar o casal Richthofen ficarão frente a frente, em uma acareação.
Manifestaram interesse pela acareação o Ministério Público e a defesa dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, que chamou de "mentirosa" a outra acusada no processo, Suzane Richthofen --filha das vítimas--, após seu interrogatório. Para o promotor Roberto Tardelli, que atua no caso, a acareação pode ajudar a esclarecer 15 pontos, como por exemplo, quem teve a idéia do crime.
De acordo com o juiz, apenas Suzane e Daniel participarão da acareação. Os trabalhos, porém, não devem ocorrer nesta terça-feira, segundo dia do julgamento. Primeiro, serão ouvidas as 16 testemunhas do processo.
A sessão desta terça, prevista para começar às 10h, começou por volta das 11h15. O irmão de Suzane, Andreas, será a primeira testemunha a ser ouvida.
Interrogatórios
Contradições e acusações mútuas marcaram os interrogatórios dos três réus na segunda-feira (17).
André Porto/Folha Imagem |
![]() |
Suzane deixa carceragem do 89 DP, onde passou a noite, e segue para julgamento |
Daniel assumiu ter matado o casal sozinho e isentou o irmão de participação no crime. Cristian disse ter assumido parte da culpa na morte do casal com a intenção de ajudar o irmão. Na época do crime, Daniel namorava Suzane.
O promotor Nadir de Campos Júnior disse que o próximo passo é provar aos jurados que, de acordo com laudos periciais, duas pessoas mataram o casal --o que tornaria inverossímil a versão dos Cravinhos, de que apenas Daniel teria atacado Manfred e Marísia.
Também durante o primeiro dia do júri, Suzane afirmou que foi induzida pelo ex-namorado. A versão segue a estratégia anunciada pela defesa, de coação moral, ou seja, de que ela foi pressionada por Daniel para participar do crime, sob pena de perdê-lo.
Ela afirmou que não sabia dos planos do então namorado para matar seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen. O casal foi morto na casa da família, na zona sul de São Paulo, em outubro de 2002.
O advogado Geraldo Jabur, que defende os irmãos, chamou a acusada de mentirosa, após seu interrogatório.
Expectativa
O júri do caso Richthofen é considerado o mais esperado do ano em São Paulo.
Em junho, a sessão foi adiada depois que os advogados de Suzane abandonaram o plenário, antes da instauração do júri, em protesto contra a decisão do juiz que presidia a sessão, Alberto Anderson Filho, de ignorar a ausência de uma testemunha da defesa e prosseguir com os trabalhos.
Já os advogados dos irmãos Cravinhos sequer compareceram ao tribunal. Eles alegaram cerceamento da defesa, pois não haviam conseguido encontrar-se com os clientes na semana anterior à data.
Para a Promotoria, os três cometeram o crime para ficar com o patrimônio da família Richthofen. A acusação deve pedir penas idênticas para os réus, que podem chegar a 50 anos. No Brasil, o condenado fica preso por, no máximo, 30 anos.
Crime
Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam. Atualmente, a casa da família está coberta de pichações de ataque aos assassinos.
Suzane e os irmãos Cravinhos foram denunciados (acusados formalmente) por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.
Colaboraram GABRIELA MANZINI, da Folha Online, LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice