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18/07/2006
-
17h33
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
Em depoimento realizado na tarde desta terça-feira, a delegada da Polícia Civil Cíntia Tucunduva Gomes desmontou a nova versão apresentada pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos para a morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, e ressaltou a frieza com que Suzane, filha das vítimas, teria se comportado nos dias seguintes ao crime.
Quando foram interrogados, ainda no primeiro dia do júri, na segunda-feira (17), Daniel e Cristian disseram que, ao contrário do que haviam declarado durante o inquérito policial, apenas Daniel havia golpeado o casal. Inicialmente, eles afirmavam que cada um havia agredido uma vítima.
Gomes, que atua no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse "desacreditar" da nova versão. Para ela, seria impossível que Manfred fosse golpeado sem que Marísia tivesse esboçado uma reação. "O crime foi de uma brutalidade que eu nunca tinha visto, em golpes de objeto contundente."
De acordo com a delegada, o estado em que os corpos foram encontrados indicam que eles foram golpeados mais de uma vez. Ela também considerou que Marísia foi ferida com mais violência, pois teve exposição da massa encefálica.
Ela relatou ainda que Daniel foi quem demonstrou mais nervosismo durante a reconstituição do crime, feita dias após a prisão dos três. Ele teria ficado particularmente abalado devido à semelhança física entre o investigador que interpretou Manfred e a própria vítima.
No momento em que era realizada a reconstituição dos golpes, ainda segundo a delegada, o investigador abriu os olhos e perguntou a Daniel se ele havia acabado. "Para o Daniel, a reconstituição acabou ali. Ele passou mal e ficou profundamente abalado." Réu e policiais tiveram que reunir-se em um dos banheiros da casa e fazer uma oração, para que ele se acalmasse e pudesse continuar.
Suzane
No relato, a delegada disse ter ficado abismada com a frieza demonstrada por Suzane durante os depoimentos no DHPP, ainda antes de sua prisão, e durante a reconstituição. "O estado de espírito dela foi de frieza desde o dia da morte até o dia da prisão."
De acordo com ela, após ter confessado o crime, Suzane escovou os cabelos e perguntou a Daniel se estava bonita, antes de ser fotografada e fichada no DHPP. Ela ainda demonstrou estarrecimento com a atitude da garota de corrigir a pronúncia de seu sobrenome. "Não é assim que se fala", disse Suzane.
O julgamento de Suzane e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, acusados de planejar e matar o casal Richthofen, começou na segunda-feira (17). Nesta terça, a delegada foi a segunda pessoa a prestar depoimento.
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Delegada desmonta nova versão dos Cravinhos e ressalta frieza de Suzane
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da Folha Online
Em depoimento realizado na tarde desta terça-feira, a delegada da Polícia Civil Cíntia Tucunduva Gomes desmontou a nova versão apresentada pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos para a morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, e ressaltou a frieza com que Suzane, filha das vítimas, teria se comportado nos dias seguintes ao crime.
Quando foram interrogados, ainda no primeiro dia do júri, na segunda-feira (17), Daniel e Cristian disseram que, ao contrário do que haviam declarado durante o inquérito policial, apenas Daniel havia golpeado o casal. Inicialmente, eles afirmavam que cada um havia agredido uma vítima.
Gomes, que atua no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse "desacreditar" da nova versão. Para ela, seria impossível que Manfred fosse golpeado sem que Marísia tivesse esboçado uma reação. "O crime foi de uma brutalidade que eu nunca tinha visto, em golpes de objeto contundente."
De acordo com a delegada, o estado em que os corpos foram encontrados indicam que eles foram golpeados mais de uma vez. Ela também considerou que Marísia foi ferida com mais violência, pois teve exposição da massa encefálica.
André Porto/Folha Imagem |
Suzane deixa carceragem do 89 DP, onde passou a noite, e segue para julgamento |
Ela relatou ainda que Daniel foi quem demonstrou mais nervosismo durante a reconstituição do crime, feita dias após a prisão dos três. Ele teria ficado particularmente abalado devido à semelhança física entre o investigador que interpretou Manfred e a própria vítima.
No momento em que era realizada a reconstituição dos golpes, ainda segundo a delegada, o investigador abriu os olhos e perguntou a Daniel se ele havia acabado. "Para o Daniel, a reconstituição acabou ali. Ele passou mal e ficou profundamente abalado." Réu e policiais tiveram que reunir-se em um dos banheiros da casa e fazer uma oração, para que ele se acalmasse e pudesse continuar.
Suzane
No relato, a delegada disse ter ficado abismada com a frieza demonstrada por Suzane durante os depoimentos no DHPP, ainda antes de sua prisão, e durante a reconstituição. "O estado de espírito dela foi de frieza desde o dia da morte até o dia da prisão."
De acordo com ela, após ter confessado o crime, Suzane escovou os cabelos e perguntou a Daniel se estava bonita, antes de ser fotografada e fichada no DHPP. Ela ainda demonstrou estarrecimento com a atitude da garota de corrigir a pronúncia de seu sobrenome. "Não é assim que se fala", disse Suzane.
O julgamento de Suzane e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, acusados de planejar e matar o casal Richthofen, começou na segunda-feira (17). Nesta terça, a delegada foi a segunda pessoa a prestar depoimento.
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