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18/07/2006
-
14h45
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
O universitário Andreas Richthofen, 19, confirmou nesta terça-feira que se sentia ameaçado pela irmã, Suzane, acusada de envolvimento na morte dos pais, em São Paulo, em 2002.
"Dizem por aí que ela é psicopata. Eu não sei, mas de uma pessoa assim a gente pode esperar qualquer coisa", disse o rapaz em depoimento no 1º Tribunal do Júri, neste segundo dia do julgamento de Suzane e dos outros dois réus --os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos.
Em abril, o médico Miguel Abdalla, tio de Suzane e Andreas, informou à Justiça que, quando em liberdade, a jovem foi vista "rondando" a casa onde vive com sua mãe e o sobrinho. Andreas disse que não foi orientado a registrar um boletim de ocorrência, mas que "teve vontade".
Ele disse que, ao sair para uma aula na auto-escola, percebeu que Suzane passava pela casa e teve "receio". "Eu não queria ela ali", disse.
Sobre fotos de Suzane com a avó materna, incluídas no processo, Andreas se disse surpreso. "Fiquei assustado com essas fotos. Eu não sabia que ela tinha tanto acesso à casa onde eu moro", disse.
O universitário também negou as declarações dadas por Daniel, ontem, de que Suzane era agredida pelos pais e vítima de violência sexual.
Ao juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, Andreas considerou sem relevância os atritos com os pais. "A relação era boa. Lógico que tinha atritos, todo mundo tem, mas nada de excepcional."
Acareação
Após o depoimento das testemunhas --16, no total--, os acusados pelo crime deverão participar de uma acareação. De acordo com o juiz, apenas Suzane e Daniel ficarão frente a frente.
Para a Promotoria, a acareação pode ajudar a esclarecer 15 pontos, como por exemplo, quem teve a idéia do crime.
Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam. Atualmente, a casa da família está coberta de pichações de ataque aos assassinos.
Suzane e os irmãos Cravinhos foram denunciados (acusados formalmente) por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.
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da Folha Online
O universitário Andreas Richthofen, 19, confirmou nesta terça-feira que se sentia ameaçado pela irmã, Suzane, acusada de envolvimento na morte dos pais, em São Paulo, em 2002.
"Dizem por aí que ela é psicopata. Eu não sei, mas de uma pessoa assim a gente pode esperar qualquer coisa", disse o rapaz em depoimento no 1º Tribunal do Júri, neste segundo dia do julgamento de Suzane e dos outros dois réus --os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos.
Em abril, o médico Miguel Abdalla, tio de Suzane e Andreas, informou à Justiça que, quando em liberdade, a jovem foi vista "rondando" a casa onde vive com sua mãe e o sobrinho. Andreas disse que não foi orientado a registrar um boletim de ocorrência, mas que "teve vontade".
André Porto/Folha Imagem |
Suzane deixa carceragem do 89 DP, onde passou a noite, e segue para julgamento |
Ele disse que, ao sair para uma aula na auto-escola, percebeu que Suzane passava pela casa e teve "receio". "Eu não queria ela ali", disse.
Sobre fotos de Suzane com a avó materna, incluídas no processo, Andreas se disse surpreso. "Fiquei assustado com essas fotos. Eu não sabia que ela tinha tanto acesso à casa onde eu moro", disse.
O universitário também negou as declarações dadas por Daniel, ontem, de que Suzane era agredida pelos pais e vítima de violência sexual.
Ao juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, Andreas considerou sem relevância os atritos com os pais. "A relação era boa. Lógico que tinha atritos, todo mundo tem, mas nada de excepcional."
Acareação
Após o depoimento das testemunhas --16, no total--, os acusados pelo crime deverão participar de uma acareação. De acordo com o juiz, apenas Suzane e Daniel ficarão frente a frente.
Para a Promotoria, a acareação pode ajudar a esclarecer 15 pontos, como por exemplo, quem teve a idéia do crime.
Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam. Atualmente, a casa da família está coberta de pichações de ataque aos assassinos.
Suzane e os irmãos Cravinhos foram denunciados (acusados formalmente) por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.
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