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19/07/2006
-
22h46
da Folha Online
Cristian Cravinhos, 30, admitiu na noite desta quarta-feira ter participado da morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002. Ele retificou as declarações dadas durante seu interrogatório, na segunda-feira (16), e disse que foi assediado pela primeira vez para participar do crime pela filha do casal, Suzane von Richthofen, 22.
"Eu assumo minha parte no crime. Fui eu que matei Marísia. Eu peço perdão a Deus e até a Suzane pelo que eu fiz."
No novo interrogatório, Cristian disse que Suzane tentou convencê-lo a participar do assassinato dizendo que, com os pais, ela "não tinha vida", e que o pai havia tentado estuprá-la quando ela tinha 13 anos de idade. Ele disse que perguntou a ela porque ela não havia denunciado o pai, e que a moça disse que Manfred era "uma pessoa muito influente", e que a acusação "não daria em nada".
Cristian, que estava muito nervoso durante o novo interrogatório, disse ainda que Suzane confessou a ele que o casamento dos pais "era de fachada"; que Manfred tinha uma amante e que Marísia "era lésbica".
O único ponto do primeiro interrogatório que Cristian manteve na nova versão foi o de que teria tentado demover Daniel e Suzane da idéia. "Não consegui convencer Daniel [no dia do crime]. Ele estava enlouquecido, nervoso, decidido. Não sei que poder é esse da Suzane. Não fui um bom irmão, não consegui impedir."
Ele manteve ainda as declarações de que bateu a porta do carro de Suzane quando o trio chegou à casa dos Richthofen na tentativa de acordar os pais dela e que pisou com mais força enquanto caminhava em direção ao quarto deles, também com a intenção de acordá-los e dar a eles uma chance de reação.
Cristian disse que Suzane o repreendeu e só não o dispensou porque precisava dele.
De acordo com Cristian, depois do encontro do trio no cybercafé, tudo transcorreu conforme definido durante o inquérito policial. Ou seja, eles seguiram à casa, os irmãos golpearam o casal; eles roubaram dinheiro e jóias; reviraram ao menos um cômodo para forjar um latrocínio e fugiram.
Durante o novo interrogatório, Cristian disse ainda que cobriu o rosto de Marísia com uma toalha molhada e com um saco plástico exclusivamente com o objetivo de "poupar" Andreas da visão dos corpos, e não de asfixiar a vítima. Ele afirmou que tinha o universitário, irmão caçula de Suzane, "como um irmão".
Daniel e Suzane foram retirados do plenário antes do novo interrogatório de Cristian, que chegou a pedir ao juiz, Alberto Anderson Filho, para que ambos permanecessem. O pedido, porém, foi negado.
O pai de Daniel e Cristian, Astrogildo Cravinhos de Paula e Silva, subiu ao plenário assim que Cristian concluiu sua fala para abraça-lo. Durante toda a narrativa, ele e a mulher, Nadja, permaneceram abraçados na platéia.
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Cristian Cravinhos, 30, admitiu na noite desta quarta-feira ter participado da morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002. Ele retificou as declarações dadas durante seu interrogatório, na segunda-feira (16), e disse que foi assediado pela primeira vez para participar do crime pela filha do casal, Suzane von Richthofen, 22.
"Eu assumo minha parte no crime. Fui eu que matei Marísia. Eu peço perdão a Deus e até a Suzane pelo que eu fiz."
No novo interrogatório, Cristian disse que Suzane tentou convencê-lo a participar do assassinato dizendo que, com os pais, ela "não tinha vida", e que o pai havia tentado estuprá-la quando ela tinha 13 anos de idade. Ele disse que perguntou a ela porque ela não havia denunciado o pai, e que a moça disse que Manfred era "uma pessoa muito influente", e que a acusação "não daria em nada".
Cristian, que estava muito nervoso durante o novo interrogatório, disse ainda que Suzane confessou a ele que o casamento dos pais "era de fachada"; que Manfred tinha uma amante e que Marísia "era lésbica".
O único ponto do primeiro interrogatório que Cristian manteve na nova versão foi o de que teria tentado demover Daniel e Suzane da idéia. "Não consegui convencer Daniel [no dia do crime]. Ele estava enlouquecido, nervoso, decidido. Não sei que poder é esse da Suzane. Não fui um bom irmão, não consegui impedir."
Ele manteve ainda as declarações de que bateu a porta do carro de Suzane quando o trio chegou à casa dos Richthofen na tentativa de acordar os pais dela e que pisou com mais força enquanto caminhava em direção ao quarto deles, também com a intenção de acordá-los e dar a eles uma chance de reação.
Cristian disse que Suzane o repreendeu e só não o dispensou porque precisava dele.
De acordo com Cristian, depois do encontro do trio no cybercafé, tudo transcorreu conforme definido durante o inquérito policial. Ou seja, eles seguiram à casa, os irmãos golpearam o casal; eles roubaram dinheiro e jóias; reviraram ao menos um cômodo para forjar um latrocínio e fugiram.
Durante o novo interrogatório, Cristian disse ainda que cobriu o rosto de Marísia com uma toalha molhada e com um saco plástico exclusivamente com o objetivo de "poupar" Andreas da visão dos corpos, e não de asfixiar a vítima. Ele afirmou que tinha o universitário, irmão caçula de Suzane, "como um irmão".
Daniel e Suzane foram retirados do plenário antes do novo interrogatório de Cristian, que chegou a pedir ao juiz, Alberto Anderson Filho, para que ambos permanecessem. O pedido, porém, foi negado.
O pai de Daniel e Cristian, Astrogildo Cravinhos de Paula e Silva, subiu ao plenário assim que Cristian concluiu sua fala para abraça-lo. Durante toda a narrativa, ele e a mulher, Nadja, permaneceram abraçados na platéia.
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