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20/07/2006 - 12h22

Testemunha pode ter sido alvo de estratégia de Cristian Cravinhos

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

Silvio Tadeu Vieira, que tornou-se vizinho da família Cravinhos após a morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, disse quarta-feira (19), em depoimento à Justiça, que ouviu de Cristian Cravinhos, 30, uma confissão de que ele não havia golpeado o casal à morte e havia admitido sua participação no crime à polícia com a mera intenção de ajudar seu irmão e co-réu no caso, Daniel Cravinhos.

O argumento de que apenas Daniel golpeara o casal foi sustentado pelos dois irmãos em seu interrogatório de segunda-feira (16), no primeiro dia do júri do caso Richthofen. Os interrogatórios dos irmãos estavam alinhados com a afirmação de Vieira. Ele relatou que Cristian confessou não ter envolvimento no crime durante uma conversa rápida, dentro de um carro, em frente à casa do réu.

Na noite de quarta, entretanto, Cristian recuou e confessou ter golpeado Marísia até a morte. Com o fato, surge a hipótese de que ele tenha simulado a confissão para a testemunha. Neste caso, Vieira teria sido usado por Cristian --e, possivelmente, pela defesa dos Cravinhos-- para corroborar o argumento que eximia Cristian.

Se Cristian negar ter mantido a tal conversa com Vieira, a testemunha poderá ser processada por ter mentido em suas declarações.

O advogado dos Cravinhos, Geraldo Jabur, disse na manhã desta quinta-feira, ao chegar ao fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo), onde ocorre o júri, que sempre ouviu de seus clientes a versão de que apenas Daniel golpeara Manfred e Marísia. Jabur acompanha o processo desde o inquérito policial.

Segundo ele, Cristian mentiu para a testemunha, mas a testemunha não mentiu aos jurados. Ele disse que o novo interrogatório do jovem foi motivado pelo depoimento emocionado da mãe dele, que ocorrera pouco antes.

Mãe

Quando prestou depoimento, Nadja Cravinhos de Paula e Silva, a mãe dos irmãos Cravinhos, também disse que Cristian havia lhe confessado que não golpeou os Richthofen. Neste caso, entretanto, ainda que a conversa nunca tenha ocorrido, ela não pode ser processada por falso testemunho porque falou na condição de informante, e não de testemunha, já que é parente dos réus.

Entre as 15 pessoas ouvidas no processo, além de Nadja, o irmão caçula de Suzane, Andreas von Richthofen, 20, também era informante.

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