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22/07/2006 - 03h57

Longe dos holofotes, Suzane reage com gritos e choro antes de sentença

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

Enquanto os jurados votavam e decidiam o futuro de Suzane von Richthofen, 22, ela gritava e chorava na sala reservada aos réus, no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). Pessoas que estavam próximas do local disseram à reportagem que a jovem deu gritos de fúria e chorou muito, ao contrário da imagem passada durante todo o júri.

Nos bastidores do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, os comentários eram de que ela reclamava da argumentação apresentada por seus defensores aos jurados, na fase dos debates entre acusação e defesa. Ela teria se sentido lesada devido à falta de explicações técnicas, mais ligadas à tese.

Os advogados de Suzane, porém, negam a cena. De acordo com a advogada Eleonora Nacif, filha de Mauro Nacif, o advogado mais teatral da moça, Suzane agradeceu efusivamente a atuação de Nacif, por quem nutre "grande admiração". "Foi muito pelo contrário. Suzane chorou muito, mas agradeceu também nossa colaboração, e reconheceu nosso esforço."

Para a advogada, o fato de Suzane ter permanecido impassível durante todo o júri demonstra não que ela é fria, como interpretou o público, mas sim "coerente". "Suzane é reservada. Ela não se sente à vontade para chorar na frente de todo mundo. Ela chora diante dos seus chegados", disse Eleonora.

Durante a explanação dos advogados Geraldo e Gislaine Jabur, defensores dos co-réus, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, Suzane demonstrou inquietude e chamou os seus advogados para conversar ao pé do ouvido com ainda maior freqüência do que fizera anteriormente.

Enquanto sua defesa falou, Suzane mudou totalmente de postura, em relação aos dias anteriores. Ela abandonou a posição do queixo enterrado no peito para manter o rosto mais elevado. Desta forma, ela pôde encarar seus defensores --cinco ao todo, incluindo assessores--, promotores de Justiça e jurados.

Quando voltou ao plenário para presenciar a leitura de sua sentença condenatória, supostamente após a cena na sala reservada, Suzane retomou a atitude habitual e impediu que as mais de 240 pessoas que estavam no plenário de ver seu rosto. Ela foi encarada apenas de relance, e tinha o rosto ruborizado.

Enquanto o juiz Alberto Anderson Filho dirigia agradecimentos aos colegas, jurados e ao público, Suzane ficou sentada, algemada, em frente à sala reservada. Ela, pela primeira vez desde o começo do julgamento, demonstrou fragilidade e baixou a cabeça, apoiando-a sobre os joelhos.

Suzane, Daniel e Cristian foram condenados na madrugada deste sábado pelo planejamento e morte dos pais da moça, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002. Suzane foi condenada a 39 anos de reclusão e 6 meses de detenção e 10 dias-multa, a serem cobrados no valor vigente em 2002.

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