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07/08/2006
-
16h13
TATIANA FÁVARO
da Folha Online
O governo de São Paulo entregou na manhã desta segunda-feira 433 novos veículos à Polícia Militar. A solenidade de entrega estava marcada desde a semana passada. A surpresa foi o registro de ao menos 27 ataques promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) entre a madrugada e manhã de hoje, antes da cerimônia.
Ao chegar ao Pacaembu (zona oeste de São Paulo), o governador Cláudio Lembo (PFL) informou que os carros começariam a circular nesta tarde. Antes, porém, os policiais militares desfilaram com os veículos para o governador e o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, em frente ao estádio.
Tanto Lembo quanto Abreu Filho criticaram o governo federal durante a cerimônia. O secretário da Segurança acusou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de "criar factóides" em ato político.
Abreu Filho referia-se ao anúncio feito por Bastos neste domingo (6), de criação de um mutirão para revisar os processos dos 140 mil presos paulistas --projeto que custaria cerca de R$ 1 milhão, segundo o ministro.
O secretário disse ainda não ter recebido nem parte dos R$ 100 milhões liberados do Fundo Nacional Penitenciário para a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) de São Paulo.
O Ministério da Justiça informou que o governo do Estado não apresentou projeto e que, sem essa formalidade, não é possível liberar o dinheiro.
Exército
O ministro Márcio Thomaz Bastos defendeu, na manhã desta segunda, o uso do Exército para reforçar a segurança no Estado de São Paulo. Segundo Bastos, a presença dos soldados nas ruas poderia ter resolvido o problema dos ataques do PCC antes de uma terceira onda de violência.
O secretário da Segurança afirmou, porém, que a presença do Exército daria uma "falsa sensação de segurança" à população. Para Abreu Filho, seriam necessários, no mínimo, 4.500 homens para a presença do Exército ser eficaz --o secretário afirmou que o governo só poderia garantir pouco mais da metade desse número.
Balanço
A Secretaria de Estado da Segurança Pública confirmou registro de 27 ataques, em todo o Estado. Pelo menos cinco cidades do interior foram atingidas pela onda de violência. Dois suspeitos foram mortos e outros dois, presos. Ao menos duas pessoas ficaram feridas.
Um dos possíveis motivos dos novos ataques seria, segundo o secretário, a prisão de um suposto líder do PCC na Baixada Santista. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) ainda trabalha no levantamento de informações sobre o suspeito.
Dos 433 veículos entregues nesta segunda-feira para a Polícia Militar, 309 serão usados na capital e 124, em 27 cidades da Grande São Paulo. A Secretaria da Segurança informou que outros 301 veículos serão entregues para o interior, nesta quarta-feira (9).
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Ataques precedem entrega de 433 novos veículos à PM
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da Folha Online
O governo de São Paulo entregou na manhã desta segunda-feira 433 novos veículos à Polícia Militar. A solenidade de entrega estava marcada desde a semana passada. A surpresa foi o registro de ao menos 27 ataques promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) entre a madrugada e manhã de hoje, antes da cerimônia.
Ao chegar ao Pacaembu (zona oeste de São Paulo), o governador Cláudio Lembo (PFL) informou que os carros começariam a circular nesta tarde. Antes, porém, os policiais militares desfilaram com os veículos para o governador e o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, em frente ao estádio.
Tanto Lembo quanto Abreu Filho criticaram o governo federal durante a cerimônia. O secretário da Segurança acusou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de "criar factóides" em ato político.
Abreu Filho referia-se ao anúncio feito por Bastos neste domingo (6), de criação de um mutirão para revisar os processos dos 140 mil presos paulistas --projeto que custaria cerca de R$ 1 milhão, segundo o ministro.
O secretário disse ainda não ter recebido nem parte dos R$ 100 milhões liberados do Fundo Nacional Penitenciário para a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) de São Paulo.
O Ministério da Justiça informou que o governo do Estado não apresentou projeto e que, sem essa formalidade, não é possível liberar o dinheiro.
Exército
O ministro Márcio Thomaz Bastos defendeu, na manhã desta segunda, o uso do Exército para reforçar a segurança no Estado de São Paulo. Segundo Bastos, a presença dos soldados nas ruas poderia ter resolvido o problema dos ataques do PCC antes de uma terceira onda de violência.
O secretário da Segurança afirmou, porém, que a presença do Exército daria uma "falsa sensação de segurança" à população. Para Abreu Filho, seriam necessários, no mínimo, 4.500 homens para a presença do Exército ser eficaz --o secretário afirmou que o governo só poderia garantir pouco mais da metade desse número.
Balanço
A Secretaria de Estado da Segurança Pública confirmou registro de 27 ataques, em todo o Estado. Pelo menos cinco cidades do interior foram atingidas pela onda de violência. Dois suspeitos foram mortos e outros dois, presos. Ao menos duas pessoas ficaram feridas.
Um dos possíveis motivos dos novos ataques seria, segundo o secretário, a prisão de um suposto líder do PCC na Baixada Santista. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) ainda trabalha no levantamento de informações sobre o suspeito.
Dos 433 veículos entregues nesta segunda-feira para a Polícia Militar, 309 serão usados na capital e 124, em 27 cidades da Grande São Paulo. A Secretaria da Segurança informou que outros 301 veículos serão entregues para o interior, nesta quarta-feira (9).
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