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07/08/2006 - 20h50

Ataques chegam a 78; PM diz que vai dobrar número de homens

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da Folha Online

Chegou a 78 o número de ataques realizados contra alvos civis e forças de segurança pública em São Paulo desde as 23h de domingo, segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges. As ações são atribuídas ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Foram registrados 22 ataques contra ônibus, 12 a postos de gasolina, e 34 a agências bancárias e caixas eletrônicos. Ao todo, 93 alvos diferentes foram atingidos.

Para conter a ação dos criminosos, o coronel anunciou que o número de carros da polícia nas ruas triplicado e a quantidade de homens dobrada. Como na última onda de ataques, em junho, quando os ônibus foram o principal alvo dos criminosos, a Polícia Militar também prometeu colocar PMs à paisana nos coletivos nos principais corredores da cidade.

Doze suspeitos de participar das ações --seis delas com antecedentes criminais-- foram presos desde o início das ações. Outros dois foram mortos em supostos confrontos com PMs.

Ataques

Nesta segunda-feira, o prédio da Assembléia Legislativa de São Paulo foi evacuado no início da manhã desta segunda-feira devido a uma suspeita de bomba na entrada do local. Uma suposta bomba foi recolhida.

Outro explosivo foi achado no Poupatempo da Luz, na região central de São Paulo, onde também funciona parte do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). Bombas também atingiram os prédios do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Estado da Fazenda

Por medo dos ataques, as cooperativas de microônibus e vans que operam na zona leste e em parte da zona norte de São Paulo recolheram as frotas. Houve ao menos dois na capital e mais de dez na Grande São Paulo.

Terceira vez

Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.

Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.

Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.

Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.

Houve ao menos um confronto entre suspeitos de envolvimento nos novos ataques e a PM (Polícia Militar), às 5h, também na zona norte. Os disparos chegaram a atingir um vagão do Metrô que estava estacionado próximo à estação Tucuruvi. Ninguém ficou ferido.

Pelo menos um homem de 29 anos e uma mulher de 43 ficaram feridos. Eles foram atingidos por estilhaços após a explosão de um coquetel molotov, no hipermercado Extra, na avenida Sargento Geraldo Santana, em Interlagos (zona sul de São Paulo). Eles foram levados ao pronto-socorro Santa Marina e passam bem.

Outro supermercado atacado pelo crime organizado foi um Compre Bem localizado no Carrão (zona leste de São Paulo).

Capital

Outro ataque ocorrido na cidade de São Paulo atingiu o Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte). Dois carros que estavam estacionados foram incendiados. Devido à ação, a avenida Zaki Narchi foi interditada e o policiamento, reforçado.

Bases da GCM (Guarda Civil Metropolitana) de São Paulo foram alvo de ao menos quatro ações em aproximadamente uma hora --das 4h30 às 5h30.

O primeiro atentado contra a GCM ocorreu às 4h30. Homens a bordo de um Gol branco atiraram contra a fachada da base que fica na rua Manoel José Pereira, no Campo Limpo (zona sul).

Cerca de meia hora depois, dois homens em uma moto atiraram contra a base comunitária da GCM que fica na praça Eulália de Carvalho (zona leste). Um guarda foi atingido no peito, mas não ficou ferido graças ao colete à prova de balas.

Minutos mais tarde, quatro homens desceram de um Gol vermelho e atiraram contra um grupo de guardas civis que estava na Inspetoria Regional da Vila Prudente (zona leste). Um tiro atingiu um carro que estava estacionado em frente à unidade. Os guardas revidaram, mas os atiradores fugiram.

De acordo com a GCM, ainda no começo da manhã, a guarita localizada no CEU Butantã foi atingida por cerca de sete disparos.

Postos e bancos

Pelo menos três postos de gasolina instalados em regiões nobres da capital paulista foram atacados. Um deles fica na rua Cerro Corá, na Lapa; e outros dois ficam nas ruas Alagoas e Conselheiro Brotero, em Higienópolis --todos na zona oeste da cidade.

Diversas agências bancárias foram atacadas quase simultaneamente. Na zona sul, foram atacadas uma agência na rua São João da Boa Vista, em Americanópolis; um Bradesco na avenida do Cursino, na Vila Clementino; um Itaú na avenida do Jabaquara, no Jabaquara; e uma agência do Bradesco na avenida Comendador Santana, no Capão Redondo.

Na zona norte, uma agência na rua Conselheiro Moreira de Barros e outra, na Casa Verde, foram atacadas. Na zona leste, os ocupantes de um EcoSport invadiram uma agência do Unibanco e a incendiaram, na Vila Prudente. Uma agência do Banco do Brasil foi atacada na rua Maciel Monteiro, na Vila Santa Teresa.

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