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08/08/2006 - 01h03

Ataques continuam e polícia mata mais um suspeito

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da Folha Online

Os ataques atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) continuaram no final desta segunda-feira (7). Em Cotia (Grande SP), três homens trocaram tiros com a GCM após atacarem uma agência bancária --dois foram presos e um, morto no suposto confronto.

Segundo a Polícia Civil, o trio atirou uma bomba de fabricação caseira contra uma agência da Nossa Caixa no bairro do Portão, por volta das 22h. Na fuga, foram perseguidos por guardas civis metropolitanos.

Houve troca de tiros e um suspeito foi baleado. Socorrido, morreu no Pronto-Socorro de Cotia. Os outros dois comparsas acabaram presos e levados ao DP Central.

Segundo informações iniciais, apenas os dois detidos tinham passagem pela polícia. O suspeito morto não tinha antecedentes.

Outros dois suspeitos de participar das ações do PCC foram mortos em supostos confrontos com PMs nesta segunda. Quatorze suspeitos --seis deles com antecedentes criminais-- foram presos desde o início das ações.

Outros ataques

Em São Caetano do Sul (Grande SP), um grupo de homens num Astra metralhou uma base da Polícia Militar no bairro Fundação, por volta de 20h. Em seguida, o grupo foi até um terreno de uma base em construção da GCM, onde abandonou o veículo. Segundo a PM, os criminosos atearam fogo ao Astra antes de fugir. O incêndio consumiu parte da base em construção.

Em Indaiatuba (102 km a noroeste de SP), ocupantes de um Monza branco lançaram um artefato explosivo em um caixa eletrônico no Jardim Morada do Sol, por volta de 21h. Pouco depois, a sede do Departamento Municipal de Trânsito e uma viatura da polícia foram atingidos por tiros.

Próximo dali, em Campinas (95 km a noroeste de SP), criminosos dispararam contra o 11º DP, no Jardim Ipaussurama. A delegacia estava vazia, pois não funciona à noite.

Dois jovens em bicicletas acertaram dois tiros contra a fachada do 11º Distrito Policial de Sorocaba (100 km a oeste de SP), na Vila Gomes, também por volta das 21h. A delegacia também estava fechada no horário.

Ônibus

Na cidade de São Paulo, o último ataque contra ônibus ocorreu numa região nobre: a avenida Henrique Schaumann, por volta das 23h de segunda. Como nos demais atentados, o veículo foi incendiado por criminosos, mas ninguém se feriu.

A capital registrou pelo menos 13 ataques contra ônibus. Em todo o Estado de São Paulo, foram 22 ônibus atacados. O temor dos ataques fez duas empresas da zona leste recolherem os veículos mais cedo.

A terceira onda de violência do PCC neste ano também afetou 12 postos de gasolina e 34 agências bancárias caixas eletrônicos. Ao todo, foram registrados pelo menos 78 ataques, que atingiram 93 alvos diferentes.

Balanço

Foram registrados 78 ataques contra 93 alvos --agências bancárias, ônibus, prédios públicos, estabelecimentos comerciais e forças de segurança pública-- no Estado de São Paulo, entre as 23h de domingo e o início da noite de segunda, segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges.

O prédio da Assembléia Legislativa de São Paulo foi evacuado no início da manhã devido a uma suspeita de bomba na entrada do local. Uma suposta bomba foi recolhida.

Outro explosivo foi achado no Poupatempo da Luz, na região central de São Paulo, onde também funciona parte do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). Bombas também atingiram os prédios do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Estado da Fazenda.

Terceira vez

Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.

Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.

Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.

Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.

Com Agência Folha

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