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09/08/2006
-
04h31
da Folha Online
da Agência Folha
A terceira onda de violência atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital) continuou com menos força na noite de terça (8) e na madrugada desta quarta-feira. Os ataques atingiram ônibus, agências bancárias, prédios públicos e a casa de um policial. Ninguém se feriu.
Dois ataques contra forças de segurança atingiram Itu (103 km a noroeste de São Paulo). Às 22h30 de terça, dois homens em uma motocicleta jogaram duas bombas de fabricação caseira contra o 2º Distrito Policial, no Jardim Convenção. Os artefatos explodiram, espalhando pregos e parafusos. Uma viatura e as paredes da delegacia foram danificadas. Como a delegacia estava fechada no horário, ninguém se feriu.
À 0h30, também em Itu, a casa de um policial foi atacada por uma bomba caseira, que não explodiu. O policial e a família, que estavam em casa no momento do ataque, foram retirados do local.
Em Sumaré (120 km a noroeste de São Paulo), um ônibus foi incendiado em uma garagem da prefeitura, no bairro Matão, por volta das 23h.
Outros ataques atingiram a cidade de São Paulo. Bombas caseiras foram atiradas contra duas agências bancárias em regiões nobres da zona oeste: uma da Nossa Caixa na avenida Teodoro Sampaio, em Pinheiros, às 0h50, e outra do Bradesco na avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi (zona oeste), à 1h30.
Às 23h30, criminosos atearam fogo a um veículo em uma garagem da Secretaria Estadual da Justiça, na avenida Prefeito Passos, na Liberdade (região central de São Paulo).
Os ataques despertaram o medo entre os paulistanos. Uma mala abandonada fez a Polícia Militar interditar por 13 minutos a avenida Paulista no início da madrugada. Os PMs do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) detonaram a mala e descobriram que continha apenas papéis e tecidos.
Ataques
Nesta terça-feira, criminosos jogaram uma granada no túnel Nove de Julho (centro de São Paulo), uma das principais ligações entre a zona sul e o centro da cidade, numa das ações atribuídas ao PCC (Primeiro Comando da Capital). O artefato não explodiu.
Entre o final da noite de domingo e a manhã de segunda-feira (7), diversos prédios públicos, agências bancárias, postos de gasolina e supermercados foram atingidos, principalmente na capital. Entre a noite de segunda e a madrugada desta terça, houve mais ataques no interior.
Desde o começo desta série de atentados, conforme balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, seis suspeitos foram mortos em supostos confrontos com agentes de segurança.
Terceira vez
Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.
Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.
Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.
Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.
Colaboraram FAUSTO SALVADORI da Folha Online e a Agência Folha
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da Agência Folha
A terceira onda de violência atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital) continuou com menos força na noite de terça (8) e na madrugada desta quarta-feira. Os ataques atingiram ônibus, agências bancárias, prédios públicos e a casa de um policial. Ninguém se feriu.
Dois ataques contra forças de segurança atingiram Itu (103 km a noroeste de São Paulo). Às 22h30 de terça, dois homens em uma motocicleta jogaram duas bombas de fabricação caseira contra o 2º Distrito Policial, no Jardim Convenção. Os artefatos explodiram, espalhando pregos e parafusos. Uma viatura e as paredes da delegacia foram danificadas. Como a delegacia estava fechada no horário, ninguém se feriu.
À 0h30, também em Itu, a casa de um policial foi atacada por uma bomba caseira, que não explodiu. O policial e a família, que estavam em casa no momento do ataque, foram retirados do local.
Em Sumaré (120 km a noroeste de São Paulo), um ônibus foi incendiado em uma garagem da prefeitura, no bairro Matão, por volta das 23h.
Outros ataques atingiram a cidade de São Paulo. Bombas caseiras foram atiradas contra duas agências bancárias em regiões nobres da zona oeste: uma da Nossa Caixa na avenida Teodoro Sampaio, em Pinheiros, às 0h50, e outra do Bradesco na avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi (zona oeste), à 1h30.
Às 23h30, criminosos atearam fogo a um veículo em uma garagem da Secretaria Estadual da Justiça, na avenida Prefeito Passos, na Liberdade (região central de São Paulo).
Os ataques despertaram o medo entre os paulistanos. Uma mala abandonada fez a Polícia Militar interditar por 13 minutos a avenida Paulista no início da madrugada. Os PMs do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) detonaram a mala e descobriram que continha apenas papéis e tecidos.
Ataques
Nesta terça-feira, criminosos jogaram uma granada no túnel Nove de Julho (centro de São Paulo), uma das principais ligações entre a zona sul e o centro da cidade, numa das ações atribuídas ao PCC (Primeiro Comando da Capital). O artefato não explodiu.
Entre o final da noite de domingo e a manhã de segunda-feira (7), diversos prédios públicos, agências bancárias, postos de gasolina e supermercados foram atingidos, principalmente na capital. Entre a noite de segunda e a madrugada desta terça, houve mais ataques no interior.
Desde o começo desta série de atentados, conforme balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, seis suspeitos foram mortos em supostos confrontos com agentes de segurança.
Terceira vez
Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.
Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.
Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.
Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.
Colaboraram FAUSTO SALVADORI da Folha Online e a Agência Folha
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