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10/08/2006
-
12h03
da Folha Online
Cerca de 11 mil detentos começam nesta quinta-feira a deixar o sistema prisional do Estado de São Paulo. Eles obtiveram na Justiça o direito de participar da saída temporária de Dia dos Pais, que será comemorado no domingo (13). O período de duração da saída varia conforme a comarca.
O número exato de presos beneficiados deverá ser divulgado na sexta-feira (11) pela SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária). Só têm direito a requerer o benefício os presos que estão em regime semi-aberto, que têm boa conduta e que cumpriram um sexto da pena, para condenados primários; e um quarto, para reincidentes.
A perspectiva dos detentos ganharem as ruas aumenta a aflição dos agentes penitenciários, que temem sofrer represálias. A situação ainda se agravou desde o começo desta semana, quando o PCC detonou uma nova série de ataques contra forças de segurança e alvos civis.
Entre os últimos meses de maio e julho, 16 agentes penitenciários foram mortos a mando do PCC, segundo um sindicato da categoria.
Desde a madrugada de segunda-feira, criminosos supostamente ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa que comanda o sistema penitenciário paulista, promoveram quase cem ataques contra prédios públicos, forças de segurança, agências bancárias, postos de gasolina, supermercados e ônibus, em todo o Estado.
Na quarta-feira (9), a juíza Isaura Cristina Barreira recusou a proposta do Ministério Público do Estado de suspender o benefício, devido aos ataques. Ela entendeu que o fato de os presos que poderão ser beneficiados estarem em regime semi-aberto não impediu a ocorrência dos crimes; e que não há provas do envolvimento deles no caso.
Evasão
Em 2005, no Dia dos Pais, 11.087 detentos ganharam as ruas. Destes, 808 não retornaram às celas. O número equivale a 7,29% do total.
Embora acredite-se que a ocorrência de crimes em série possa aumentar a evasão, a hipótese não se confirmou em maio último. Naquele mês, 12.645 presos estavam fora das celas durante a primeira série de ataques do ano. Parte deles foi presa acusada de envolvimento nas ações mas, no total, 965 não voltaram e o percentual, portanto, manteve-se estável: 7,63%.
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Cerca de 11 mil detentos começam nesta quinta-feira a deixar o sistema prisional do Estado de São Paulo. Eles obtiveram na Justiça o direito de participar da saída temporária de Dia dos Pais, que será comemorado no domingo (13). O período de duração da saída varia conforme a comarca.
O número exato de presos beneficiados deverá ser divulgado na sexta-feira (11) pela SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária). Só têm direito a requerer o benefício os presos que estão em regime semi-aberto, que têm boa conduta e que cumpriram um sexto da pena, para condenados primários; e um quarto, para reincidentes.
A perspectiva dos detentos ganharem as ruas aumenta a aflição dos agentes penitenciários, que temem sofrer represálias. A situação ainda se agravou desde o começo desta semana, quando o PCC detonou uma nova série de ataques contra forças de segurança e alvos civis.
Entre os últimos meses de maio e julho, 16 agentes penitenciários foram mortos a mando do PCC, segundo um sindicato da categoria.
Desde a madrugada de segunda-feira, criminosos supostamente ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa que comanda o sistema penitenciário paulista, promoveram quase cem ataques contra prédios públicos, forças de segurança, agências bancárias, postos de gasolina, supermercados e ônibus, em todo o Estado.
Na quarta-feira (9), a juíza Isaura Cristina Barreira recusou a proposta do Ministério Público do Estado de suspender o benefício, devido aos ataques. Ela entendeu que o fato de os presos que poderão ser beneficiados estarem em regime semi-aberto não impediu a ocorrência dos crimes; e que não há provas do envolvimento deles no caso.
Evasão
Em 2005, no Dia dos Pais, 11.087 detentos ganharam as ruas. Destes, 808 não retornaram às celas. O número equivale a 7,29% do total.
Embora acredite-se que a ocorrência de crimes em série possa aumentar a evasão, a hipótese não se confirmou em maio último. Naquele mês, 12.645 presos estavam fora das celas durante a primeira série de ataques do ano. Parte deles foi presa acusada de envolvimento nas ações mas, no total, 965 não voltaram e o percentual, portanto, manteve-se estável: 7,63%.
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