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16/08/2006
-
13h44
da Folha Online
O movimento na estação de trem da Luz, que fica na região central de São Paulo, aumentou quase 2,6 vezes na noite de terça-feira (15) por causa da greve de 24 horas promovida pelos metroviários. Houve tumulto no local. Nesta quarta-feira, o metrô opera normalmente.
Segundo a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na terça, foram registradas mais de 75 mil passageiros naquela estação enquanto a média de movimento diário, para o mês de agosto, é de 29 mil. O local é um dos principais acessos à região metropolitana de São Paulo.
Cerca de 2,8 milhões de pessoas foram atingidas pela paralisação dos metroviários. Sem o transporte, o número de carros e de ônibus em circulação aumentou, e o congestionamento bateu recorde.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 9h de terça havia 188 km de trânsito parado. O número é o maior registrado em períodos da manhã, desde o começo deste ano.
De acordo com o TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), a paralisação dos metroviários contrariou uma determinação do tribunal. Na segunda-feira (14), o órgão reforçou a liminar que obriga os metroviários a manterem a circulação de 100% da frota em horários de pico e de 80% nos demais horários, mesmo em caso de greve.
Se o TRT-SP entender que a determinação foi descumprida, o sindicato dos metroviários deverá pagar multa de R$ 100 mil. O diretor de Comunicação do sindicato, Manuel Xavier Lemos Filho, nega a responsabilidade e afirma que o órgão cumpriu sua função, que era alertar a categoria.
Protesto
A paralisação dos metroviários foi um protesto contra a licitação da linha 4-amarela (ainda em construção) do Metrô, que prevê a entrega do trecho à iniciativa privada por 30 anos.
Os sindicalistas alegam que o projeto será prejudicial aos cofres públicos entraram com uma ação na Justiça, tentando derrubar a licitação. Uma decisão judicial chegou a anular o edital, mas um recurso do Metrô permitiu que a licitação continuasse, mas não que ela seja concluída, ou seja: o Metrô pode escolher a empresa que operará o sistema, mas não contratá-la.
Do outro lado, a cúpula da companhia acredita que os funcionários temem a comparação da futura gestão pela iniciativa privada com a do Estado. A primeira deve operar com 30 funcionários por quilômetro de linha, enquanto a segunda tem 130.
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O movimento na estação de trem da Luz, que fica na região central de São Paulo, aumentou quase 2,6 vezes na noite de terça-feira (15) por causa da greve de 24 horas promovida pelos metroviários. Houve tumulto no local. Nesta quarta-feira, o metrô opera normalmente.
Segundo a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na terça, foram registradas mais de 75 mil passageiros naquela estação enquanto a média de movimento diário, para o mês de agosto, é de 29 mil. O local é um dos principais acessos à região metropolitana de São Paulo.
Cerca de 2,8 milhões de pessoas foram atingidas pela paralisação dos metroviários. Sem o transporte, o número de carros e de ônibus em circulação aumentou, e o congestionamento bateu recorde.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 9h de terça havia 188 km de trânsito parado. O número é o maior registrado em períodos da manhã, desde o começo deste ano.
De acordo com o TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), a paralisação dos metroviários contrariou uma determinação do tribunal. Na segunda-feira (14), o órgão reforçou a liminar que obriga os metroviários a manterem a circulação de 100% da frota em horários de pico e de 80% nos demais horários, mesmo em caso de greve.
Se o TRT-SP entender que a determinação foi descumprida, o sindicato dos metroviários deverá pagar multa de R$ 100 mil. O diretor de Comunicação do sindicato, Manuel Xavier Lemos Filho, nega a responsabilidade e afirma que o órgão cumpriu sua função, que era alertar a categoria.
Protesto
A paralisação dos metroviários foi um protesto contra a licitação da linha 4-amarela (ainda em construção) do Metrô, que prevê a entrega do trecho à iniciativa privada por 30 anos.
Os sindicalistas alegam que o projeto será prejudicial aos cofres públicos entraram com uma ação na Justiça, tentando derrubar a licitação. Uma decisão judicial chegou a anular o edital, mas um recurso do Metrô permitiu que a licitação continuasse, mas não que ela seja concluída, ou seja: o Metrô pode escolher a empresa que operará o sistema, mas não contratá-la.
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