Publicidade
Publicidade
01/09/2006
-
21h07
da Folha Online
da Folha Online, em Brasília
da Folha de S.Paulo
A PF (Polícia Federal) prendeu 39 pessoas nesta sexta-feira, em megaoperação realizada em ao menos oito Estados brasileiros. Ao menos quatro dos presos participaram do assalto ao BC (Banco Central) de Fortaleza (CE), o maior no país, em 2005. O grupo levou R$ 164,8 milhões por um túnel. A polícia tinha 56 mandados de prisão, autorizados pela Justiça Federal do Ceará.
A megaoperação também culminou na prisão de simpatizantes ou integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), à qual foram atribuídas três ondas de ataque em São Paulo, desde maio deste ano.
A operação começou com a revelação da escavação de um túnel por meio do qual seriam furtados cofres de duas agências: uma do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) e outra da CEF (Caixa Econômica Federal), no centro de Porto Alegre (RS).
No Rio Grande do Sul, ao menos 26 pessoas foram presas, suspeitos de planejar um furto a dois bancos. Parte é suspeita de ter participado do assalto ao BC (Banco Central) de Fortaleza e de seqüestrar uma equipe da Globo no mês passado.
Ligações
Entre os suspeitos de planejar furto a dois bancos presos nesta sexta-feira pela PF (Polícia Federal) está Lucivaldo Laurindo, suspeito de ter liderado o furto ao BC (Banco Central) de Fortaleza, o maior do país, e de ter ligação com o PCC, por meio de seu irmão.
Lucivaldo foi detido em Porto Alegre. Ele é irmão de Geovan Laurindo da Costa, preso na zona sul de São Paulo e considerado um dos "gerentes" do PCC na região. Geovan seria, segundo a polícia, um dos criminosos mais próximos de Luiz Fernando Ribeiro, o Fê, que teria financiado o furto do BC com R$ 300 mil.
Fê foi seqüestrado em São Paulo. Apesar de o resgate de R$ 2 milhões ter sido pago, ele foi encontrado morto em Minas, em outubro de 2005.
Globo
Um dos presos no túnel escavado em direção a dois bancos de Porto Alegre (RS) nesta sexta-feira é o ex-presidiário Carlos Alberto da Silva, o Balengo. Segundo informou a DAS (Divisão Anti-Seqüestro) de São Paulo, Balengo seria um dos envolvidos no seqüestro do repórter Guilherme de Azevedo Portanova, 30, e do técnico Alexandre Coelho Calado, 27, da Rede Globo, no último dia 12, na zona sul de São Paulo.
Balengo teria agido ao lado de Alexandre Campos dos Santos, o Jiló, 27, e Sherley Nogueira Santos, o Fininho, 34. Os três, de acordo com a Polícia Civil, são integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Portanto, a prisão de Balengo aumenta as suspeitas de que a organização criminosa --que nasceu no sistema penitenciário paulista, em 1993-- esteja ligada ao planejamento do megafurto.
Nos últimos dias, o manobrista Luciano José da Silva foi preso acusado de ter roubado o carro usado no seqüestro. Com as informações dadas por ele, foram identificados mais dois suspeitos: Douglas de Moraes, preso por acaso pela PM (Polícia Militar), e Sérgio Moura da Silva, o Mufamba.
Seqüestro
Portanova e Calado foram rendidos e obrigados a entrar em um Vectra na manhã do último dia 12, véspera do Dia dos Pais, em uma padaria próxima à emissora, na zona sul da cidade.
Mais tarde, à noite, os criminosos libertaram Calado nas proximidades da emissora com um DVD e a incumbência de garantir a exibição da filmagem, em troca da liberdade do colega. A exigência foi atendida horas depois.
No DVD, um suposto integrante do PCC aparece em frente a uma parede pichada com a sigla da facção e lê uma carta com críticas ao sistema penitenciário brasileiro e ao RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que impõe regras mais rígidas aos presos.
Portanova foi libertado 24 horas após a transmissão do vídeo. Nenhum dos dois ficou ferido.
Propriedades
O delegado Getúlio Bezerra, da Polícia Federal, disse que suspeitos de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital) presos na megaoperação feita nesta sexta-feira pela PF têm propriedades em diversos Estados, que serão investigadas pela polícia. O delegado não informou nem quantas e nem onde estão localizadas as propriedades.
A PF disse acreditar na existência de documentos importantes sobre o crime organizado nessas propriedades.
Leia mais
PF suspeita que megafurto no RS ocorreria no final de semana
Suspeito preso por megafurto pode ter seqüestrado equipe da Globo
Saiba como foi o megafurto ao Banco Central do Ceará
Especial
Leia a cobertura completa sobre o furto no BC
Leia o que já foi publicado sobre roubos a bancos
PF prende 39 em megaoperação; parte dos suspeitos tem ligação com o PCC
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
da Folha de S.Paulo
A PF (Polícia Federal) prendeu 39 pessoas nesta sexta-feira, em megaoperação realizada em ao menos oito Estados brasileiros. Ao menos quatro dos presos participaram do assalto ao BC (Banco Central) de Fortaleza (CE), o maior no país, em 2005. O grupo levou R$ 164,8 milhões por um túnel. A polícia tinha 56 mandados de prisão, autorizados pela Justiça Federal do Ceará.
A megaoperação também culminou na prisão de simpatizantes ou integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), à qual foram atribuídas três ondas de ataque em São Paulo, desde maio deste ano.
No Rio Grande do Sul, ao menos 26 pessoas foram presas, suspeitos de planejar um furto a dois bancos. Parte é suspeita de ter participado do assalto ao BC (Banco Central) de Fortaleza e de seqüestrar uma equipe da Globo no mês passado.
Ligações
Entre os suspeitos de planejar furto a dois bancos presos nesta sexta-feira pela PF (Polícia Federal) está Lucivaldo Laurindo, suspeito de ter liderado o furto ao BC (Banco Central) de Fortaleza, o maior do país, e de ter ligação com o PCC, por meio de seu irmão.
Lucivaldo foi detido em Porto Alegre. Ele é irmão de Geovan Laurindo da Costa, preso na zona sul de São Paulo e considerado um dos "gerentes" do PCC na região. Geovan seria, segundo a polícia, um dos criminosos mais próximos de Luiz Fernando Ribeiro, o Fê, que teria financiado o furto do BC com R$ 300 mil.
Fê foi seqüestrado em São Paulo. Apesar de o resgate de R$ 2 milhões ter sido pago, ele foi encontrado morto em Minas, em outubro de 2005.
Globo
Um dos presos no túnel escavado em direção a dois bancos de Porto Alegre (RS) nesta sexta-feira é o ex-presidiário Carlos Alberto da Silva, o Balengo. Segundo informou a DAS (Divisão Anti-Seqüestro) de São Paulo, Balengo seria um dos envolvidos no seqüestro do repórter Guilherme de Azevedo Portanova, 30, e do técnico Alexandre Coelho Calado, 27, da Rede Globo, no último dia 12, na zona sul de São Paulo.
Balengo teria agido ao lado de Alexandre Campos dos Santos, o Jiló, 27, e Sherley Nogueira Santos, o Fininho, 34. Os três, de acordo com a Polícia Civil, são integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Portanto, a prisão de Balengo aumenta as suspeitas de que a organização criminosa --que nasceu no sistema penitenciário paulista, em 1993-- esteja ligada ao planejamento do megafurto.
Nos últimos dias, o manobrista Luciano José da Silva foi preso acusado de ter roubado o carro usado no seqüestro. Com as informações dadas por ele, foram identificados mais dois suspeitos: Douglas de Moraes, preso por acaso pela PM (Polícia Militar), e Sérgio Moura da Silva, o Mufamba.
Seqüestro
Portanova e Calado foram rendidos e obrigados a entrar em um Vectra na manhã do último dia 12, véspera do Dia dos Pais, em uma padaria próxima à emissora, na zona sul da cidade.
Mais tarde, à noite, os criminosos libertaram Calado nas proximidades da emissora com um DVD e a incumbência de garantir a exibição da filmagem, em troca da liberdade do colega. A exigência foi atendida horas depois.
No DVD, um suposto integrante do PCC aparece em frente a uma parede pichada com a sigla da facção e lê uma carta com críticas ao sistema penitenciário brasileiro e ao RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que impõe regras mais rígidas aos presos.
Portanova foi libertado 24 horas após a transmissão do vídeo. Nenhum dos dois ficou ferido.
Propriedades
O delegado Getúlio Bezerra, da Polícia Federal, disse que suspeitos de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital) presos na megaoperação feita nesta sexta-feira pela PF têm propriedades em diversos Estados, que serão investigadas pela polícia. O delegado não informou nem quantas e nem onde estão localizadas as propriedades.
A PF disse acreditar na existência de documentos importantes sobre o crime organizado nessas propriedades.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice