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11/09/2006
-
22h38
FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos
Passados 11 meses desde o assassinato de José Ismael Pedrosa, ex-diretor da Casa de Detenção, três pessoas estão presas e foram denunciadas por participação no crime. A polícia e o Ministério Público ainda não conseguiram identificar o autor dos disparos.
Os dois órgãos têm certeza de que a ordem para matar Pedrosa partiu da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), que o considerava inimigo.
O crime aconteceu no dia 23 de outubro de 2005 em Taubaté (130 km de São Paulo). Pedrosa foi perseguido e depois assassinado dentro do próprio carro com 11 tiros --que o atingiram no rosto, cabeça, abdômen e costas. Além de diretor do Carandiru na época da execução dos 111 presos, a vítima também foi diretor da Casa de Custódia de Taubaté, onde o PCC foi fundado.
Três pessoas testemunharam o crime e hoje vivem sob proteção da Justiça. Elas viram quando um homem alto, forte, moreno e de cabelos curtos saiu de um Mercedes-Benz Classe A prata, se aproximou do Honda Civic de Pedrosa que, encurralado, dava marcha a ré para tentar fugir, e abriu fogo. A descrição do atirador feita pelas testemunhas não bate com nenhum dos acusados presos.
São eles João Paulo Oliveira de Carvalho, Marcos Silva, conhecido como Babão, e Elias Santos Nascimento, o Carioca. Segundo o Ministério Público, os três são integrantes do PCC. Os promotores também afirmam ter provas de uma reunião realizada pelos três em Taubaté uma semana antes do crime, quando foi traçado o plano para assassinar Pedrosa.
A participação de Carvalho, afirma o Ministério Público na denúncia encaminhada à Justiça, foi conseguir o Classe A utilizado. Ele estava em Taubaté no dia do 23 de outubro, mas não há provas de sua presença no local do crime.
Ele nega a participação, mas uma quarta testemunha confirmou em depoimento que deu carona para Carvalho até a cidade e, pouco depois do assassinato, o levou para um esconderijo em São Sebastião (litoral norte). Carvalho teria afirmado a ele durante a viagem que naquele dia haviam matado Pedrosa.
Essa quarta testemunha, um ex-presidiário que cumpriu pena por roubo e tráfico, é considerada pelo Ministério Público a principal testemunha de acusação no processo. Ela chegou a participar do programa de proteção a testemunhas, mas, há cerca de dois meses, desapareceu.
Marcos Silva, o babão, é o dono de outro carro utilizado na ação, um Daewoo branco, e foi visto por testemunhas dentro de um outro carro que participou da perseguição, uma Parati azul. Elias Santos é dono da Parati e foi visto na cidade no dia do crime. Ambos negam as acusações.
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Os dois órgãos têm certeza de que a ordem para matar Pedrosa partiu da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), que o considerava inimigo.
O crime aconteceu no dia 23 de outubro de 2005 em Taubaté (130 km de São Paulo). Pedrosa foi perseguido e depois assassinado dentro do próprio carro com 11 tiros --que o atingiram no rosto, cabeça, abdômen e costas. Além de diretor do Carandiru na época da execução dos 111 presos, a vítima também foi diretor da Casa de Custódia de Taubaté, onde o PCC foi fundado.
Três pessoas testemunharam o crime e hoje vivem sob proteção da Justiça. Elas viram quando um homem alto, forte, moreno e de cabelos curtos saiu de um Mercedes-Benz Classe A prata, se aproximou do Honda Civic de Pedrosa que, encurralado, dava marcha a ré para tentar fugir, e abriu fogo. A descrição do atirador feita pelas testemunhas não bate com nenhum dos acusados presos.
São eles João Paulo Oliveira de Carvalho, Marcos Silva, conhecido como Babão, e Elias Santos Nascimento, o Carioca. Segundo o Ministério Público, os três são integrantes do PCC. Os promotores também afirmam ter provas de uma reunião realizada pelos três em Taubaté uma semana antes do crime, quando foi traçado o plano para assassinar Pedrosa.
A participação de Carvalho, afirma o Ministério Público na denúncia encaminhada à Justiça, foi conseguir o Classe A utilizado. Ele estava em Taubaté no dia do 23 de outubro, mas não há provas de sua presença no local do crime.
Ele nega a participação, mas uma quarta testemunha confirmou em depoimento que deu carona para Carvalho até a cidade e, pouco depois do assassinato, o levou para um esconderijo em São Sebastião (litoral norte). Carvalho teria afirmado a ele durante a viagem que naquele dia haviam matado Pedrosa.
Essa quarta testemunha, um ex-presidiário que cumpriu pena por roubo e tráfico, é considerada pelo Ministério Público a principal testemunha de acusação no processo. Ela chegou a participar do programa de proteção a testemunhas, mas, há cerca de dois meses, desapareceu.
Marcos Silva, o babão, é o dono de outro carro utilizado na ação, um Daewoo branco, e foi visto por testemunhas dentro de um outro carro que participou da perseguição, uma Parati azul. Elias Santos é dono da Parati e foi visto na cidade no dia do crime. Ambos negam as acusações.
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