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13/09/2006
-
13h54
TATIANA FÁVARO
da Folha Online
O advogado e deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP) disse nesta quarta-feira ter conhecimento de provas que levariam a polícia a esclarecer o assassinato do coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63, morto com um tiro no último sábado.
"Ligada à arma há uma prova importante, que virá à tona nas próximas horas", afirmou. Segundo Cascione, essa prova será apresentada à Polícia Civil por um dos três filhos do coronel, que deve prestar depoimento ainda nesta quarta.
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).
Cascione, que defendeu Ubiratan no julgamento do massacre, esteve no prédio do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e afirmou que os indícios apontam para crime passional.
"A polícia terá elementos para dizer claramente quem é o autor nas próximas horas", afirmou. De acordo com Cascione, a polícia teria cinco elementos contra o suspeito.
Uma toalha manchada com sangue --encontrada no apartamento da vítima-- também é considerada uma prova importante. O delegado-geral da polícia, Marco Antonio Desgualdo, afirma que o caso será solucionado em breve.
Depoimentos
A namorada do coronel, a advogada Carla Cepollina, 40, presta novo depoimento na tarde desta quarta-feira. É a terceira vez que Carla é ouvida pela polícia.
Na segunda-feira (11), ela falou informalmente. Ontem, o depoimento formal durou aproximadamente 13 horas. Ela nega participação no crime.
Na primeira conversa com os policiais, Carla disse ter discutido com o coronel no dia em que ele foi assassinado. Segundo a polícia, o motivo foi o fato de a delegada da Polícia Federal do Pará Renata Azevedo dos Santos Madi, amiga do coronel, ter telefonado para ele no dia do crime.
A delegada, ouvida ontem pela PF (Polícia Federal) em Belém, disse que foi atendida por Carla nas duas vezes em que ligou para o celular do coronel. "Na primeira, Carla informou [a Renata] que ele estava dormindo; na segunda, que eles estavam brigando", disse ao delegado da PF Uálame Machado.
A Polícia Civil pediu à Justiça a quebra de sigilo de mais de dez telefones fixos e celulares, entre eles do próprio coronel, de Carla, da mãe dela, a também advogada Liliana Prinzivalli, da delegada da Polícia Federal e de um assessor do deputado. A intenção é tentar esclarecer o crime por meio das ligações recebidas pelo coronel.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e a Folha de S.Paulo
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da Folha Online
O advogado e deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP) disse nesta quarta-feira ter conhecimento de provas que levariam a polícia a esclarecer o assassinato do coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63, morto com um tiro no último sábado.
"Ligada à arma há uma prova importante, que virá à tona nas próximas horas", afirmou. Segundo Cascione, essa prova será apresentada à Polícia Civil por um dos três filhos do coronel, que deve prestar depoimento ainda nesta quarta.
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).
Cascione, que defendeu Ubiratan no julgamento do massacre, esteve no prédio do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e afirmou que os indícios apontam para crime passional.
"A polícia terá elementos para dizer claramente quem é o autor nas próximas horas", afirmou. De acordo com Cascione, a polícia teria cinco elementos contra o suspeito.
Uma toalha manchada com sangue --encontrada no apartamento da vítima-- também é considerada uma prova importante. O delegado-geral da polícia, Marco Antonio Desgualdo, afirma que o caso será solucionado em breve.
Depoimentos
A namorada do coronel, a advogada Carla Cepollina, 40, presta novo depoimento na tarde desta quarta-feira. É a terceira vez que Carla é ouvida pela polícia.
Na segunda-feira (11), ela falou informalmente. Ontem, o depoimento formal durou aproximadamente 13 horas. Ela nega participação no crime.
Na primeira conversa com os policiais, Carla disse ter discutido com o coronel no dia em que ele foi assassinado. Segundo a polícia, o motivo foi o fato de a delegada da Polícia Federal do Pará Renata Azevedo dos Santos Madi, amiga do coronel, ter telefonado para ele no dia do crime.
A delegada, ouvida ontem pela PF (Polícia Federal) em Belém, disse que foi atendida por Carla nas duas vezes em que ligou para o celular do coronel. "Na primeira, Carla informou [a Renata] que ele estava dormindo; na segunda, que eles estavam brigando", disse ao delegado da PF Uálame Machado.
A Polícia Civil pediu à Justiça a quebra de sigilo de mais de dez telefones fixos e celulares, entre eles do próprio coronel, de Carla, da mãe dela, a também advogada Liliana Prinzivalli, da delegada da Polícia Federal e de um assessor do deputado. A intenção é tentar esclarecer o crime por meio das ligações recebidas pelo coronel.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e a Folha de S.Paulo
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