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13/09/2006
-
23h44
TATIANA FÁVARO
da Folha Online
O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse na noite desta quarta-feira que a polícia está prestes a identificar o assassino do coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, morto no último sábado (9).
"Estamos a poucos passos para identificar o autor do disparo", disse Costa Filho. O delegado afirmou que a tese de crime passional se sustenta e ganha força. Não havia sinais de luta no apartamento e a porta da área de serviço estava aberta. Além disso, o coronel foi atingido por um único tiro, o que enfraquece a tese de eliminação ou vingança, segundo peritos.
Nesta quarta-feira, a polícia recebeu pela terceira vez na sede do DHPP a advogada Carla Cepollina, namorada do coronel.
Em conversa informal com a polícia, na segunda-feira, ela teria confirmado uma discussão com Ubiratan no sábado, depois de um telefonema de uma mulher. Em depoimento ontem à PF (Polícia Federal) em Belém, a delegada Renata Azevedo Madi, que ligou para o celular de Ubiratan pouco antes de sua morte, afirmou que ele e Carla estavam discutindo naquele momento.
Segundo o delegado da PF Uálame Machado, que tomou o depoimento de Renata, ela foi atendida por Carla nas duas vezes em que ligou --diz que não conseguiu falar com o coronel em nenhuma delas. "Na primeira, Carla informou [a Renata] que ele estava dormindo; na segunda, que eles estavam brigando", contou Renata a Machado.
A polícia de São Paulo pediu à Justiça, nesta terça-feira (12), a quebra do sigilo telefônico da advogada Carla Cepollina e do coronel.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), no último sábado.
O deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP), advogado da família do coronel, disse na tarde desta quarta-feira que a arma usada no crime pertencia a Ubiratan. A tese seria a de que o projétil que atingiu Ubiratan seria o mesmo tipo de munição especial usada em um revólver 38 do coronel, que desapareceu do apartamento. "Não há sombra de dúvida que a arma usada para matá-lo era a arma dele mesmo, que ficava em cima do barzinho e tinha uma munição especial, diferente [dos projéteis comuns]", disse Cascione.
O delegado Armando de Oliveira Costa Filho confirmou que a bala que matou Ubiratan não é um tipo de munição comum. "Quem gosta de armas, acaba não usando munições industrializadas. A pessoa tem o equipamento em sua residência e manufatura essas munições. E foi o que ocorreu", disse Costa Filho na noite desta quarta-feira.
Depoimentos
A polícia ouviu cinco pessoas nesta quarta-feira, entre as quais estavam os três filhos do coronel Ubiratan Guimarães --que voltarão à sede do DHPP nesta quinta-feira (14). A namorada foi ouvida pela terceira vez. O delegado não informou quem foi a quinta pessoa ouvida.
Costa Filho informou que nesta quinta serão ouvidas outras sete pessoas, entre amigos, familiares e "pessoas do convívio político" de Ubiratan.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online, RENATO SANTIAGO, da Folha Online e a Folha de S.Paulo
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da Folha Online
O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse na noite desta quarta-feira que a polícia está prestes a identificar o assassino do coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, morto no último sábado (9).
"Estamos a poucos passos para identificar o autor do disparo", disse Costa Filho. O delegado afirmou que a tese de crime passional se sustenta e ganha força. Não havia sinais de luta no apartamento e a porta da área de serviço estava aberta. Além disso, o coronel foi atingido por um único tiro, o que enfraquece a tese de eliminação ou vingança, segundo peritos.
Nesta quarta-feira, a polícia recebeu pela terceira vez na sede do DHPP a advogada Carla Cepollina, namorada do coronel.
Em conversa informal com a polícia, na segunda-feira, ela teria confirmado uma discussão com Ubiratan no sábado, depois de um telefonema de uma mulher. Em depoimento ontem à PF (Polícia Federal) em Belém, a delegada Renata Azevedo Madi, que ligou para o celular de Ubiratan pouco antes de sua morte, afirmou que ele e Carla estavam discutindo naquele momento.
Segundo o delegado da PF Uálame Machado, que tomou o depoimento de Renata, ela foi atendida por Carla nas duas vezes em que ligou --diz que não conseguiu falar com o coronel em nenhuma delas. "Na primeira, Carla informou [a Renata] que ele estava dormindo; na segunda, que eles estavam brigando", contou Renata a Machado.
A polícia de São Paulo pediu à Justiça, nesta terça-feira (12), a quebra do sigilo telefônico da advogada Carla Cepollina e do coronel.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), no último sábado.
O deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP), advogado da família do coronel, disse na tarde desta quarta-feira que a arma usada no crime pertencia a Ubiratan. A tese seria a de que o projétil que atingiu Ubiratan seria o mesmo tipo de munição especial usada em um revólver 38 do coronel, que desapareceu do apartamento. "Não há sombra de dúvida que a arma usada para matá-lo era a arma dele mesmo, que ficava em cima do barzinho e tinha uma munição especial, diferente [dos projéteis comuns]", disse Cascione.
O delegado Armando de Oliveira Costa Filho confirmou que a bala que matou Ubiratan não é um tipo de munição comum. "Quem gosta de armas, acaba não usando munições industrializadas. A pessoa tem o equipamento em sua residência e manufatura essas munições. E foi o que ocorreu", disse Costa Filho na noite desta quarta-feira.
Depoimentos
A polícia ouviu cinco pessoas nesta quarta-feira, entre as quais estavam os três filhos do coronel Ubiratan Guimarães --que voltarão à sede do DHPP nesta quinta-feira (14). A namorada foi ouvida pela terceira vez. O delegado não informou quem foi a quinta pessoa ouvida.
Costa Filho informou que nesta quinta serão ouvidas outras sete pessoas, entre amigos, familiares e "pessoas do convívio político" de Ubiratan.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online, RENATO SANTIAGO, da Folha Online e a Folha de S.Paulo
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