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14/09/2006
-
22h26
TATIANA FÁVARO
da Folha Online
Nomeada no fim de agosto para cargo de confiança no gabinete do deputado Ubiratan Guimarães, a namorada do coronel morto no último sábado (9), Carla Cepollina, teria combinado com o político de abrir mão de seu salário, que iria automaticamente para a campanha à reeleição do deputado.
A afirmação foi feita pela mãe e advogada de Cepollina, Liliana Prinzivalli, em entrevista coletiva dada nesta quinta-feira, depois de três dias de depoimentos informais e formais dados por sua filha a policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
"Ela não receberia o dinheiro. Quem fez isso deveria saber. Pediu-se o favor. Ela fez por amor. O dinheiro ficaria lá", afirmou Prinzivalli. "Ela não marcou ponto, lógico, ela não ia marcar, ela não ia receber porque esse dinheiro ia ficar pra campanha", disse.
Questionada se a filha sabia que poderia ser responsabilizada por compactuar de suposto desvio de dinheiro público, a advogada desconversou. "Caixa dois, quem entende disso devem ser os deputados. Eu sou advogada, eu não entendo porque eu nunca fui política", disse. "Ela foi nomeada no dia 26 a pedido do Ubiratan, agora não sei se era caixa dois ou não."
Na quarta-feira (13), Liliana Prinzivalli defendeu que dois dos principais assessores de Ubiratan Guimarães sejam investigados: o coronel da reserva da PM Gérson Vitória, assessor parlamentar, e o chefe de gabinete do deputado, Eduardo Anastasi.
"O Eduardo iria ser mandado embora", disse a advogada. "O Vitória também seria mandado embora logo, logo. O coronel brigava muito com ele." Tanto Vitório como Anastasi afirmaram que as acusações tentam desviar o foco da investigação policial.
Nesta quarta, Carla e outros 14 funcionários foram exonerados, devido à morte do coronel Ubiratan. Ontem, Anastasi disse à Folha Online quie Carla Cepollina nunca assinou presença.
O advogado da família de Ubiratan Guimarães, Vicente Cascione, disse desconhecer qualquer relação política de Carla Cepollina com o coronel. "Sou um advogado que está cuidando de um caso de homicídio. Não vou politizar o assunto."
Segundo o advogado Eduardo Nobre, especialista em Direito Eleitoral, a operação de caixa dois é caracterizada pela falta de declaração de dinheiro obtido em campanha. Segundo informou o chefe de gabinete Eduardo Anastasi, na quarta-feira, Carla Cepollina não chegou a receber nenhum vencimento como funcionária pública, pois tinha sido nomeada no fim de agosto. Hoje o ex-chefe de gabinete do coronel não retornou as ligações da Folha Online.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Rodrigo Garcia (PFL), também foi procurado para comentar o caso, mas não foi encontrado.
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Nomeada no fim de agosto para cargo de confiança no gabinete do deputado Ubiratan Guimarães, a namorada do coronel morto no último sábado (9), Carla Cepollina, teria combinado com o político de abrir mão de seu salário, que iria automaticamente para a campanha à reeleição do deputado.
A afirmação foi feita pela mãe e advogada de Cepollina, Liliana Prinzivalli, em entrevista coletiva dada nesta quinta-feira, depois de três dias de depoimentos informais e formais dados por sua filha a policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
"Ela não receberia o dinheiro. Quem fez isso deveria saber. Pediu-se o favor. Ela fez por amor. O dinheiro ficaria lá", afirmou Prinzivalli. "Ela não marcou ponto, lógico, ela não ia marcar, ela não ia receber porque esse dinheiro ia ficar pra campanha", disse.
Questionada se a filha sabia que poderia ser responsabilizada por compactuar de suposto desvio de dinheiro público, a advogada desconversou. "Caixa dois, quem entende disso devem ser os deputados. Eu sou advogada, eu não entendo porque eu nunca fui política", disse. "Ela foi nomeada no dia 26 a pedido do Ubiratan, agora não sei se era caixa dois ou não."
Na quarta-feira (13), Liliana Prinzivalli defendeu que dois dos principais assessores de Ubiratan Guimarães sejam investigados: o coronel da reserva da PM Gérson Vitória, assessor parlamentar, e o chefe de gabinete do deputado, Eduardo Anastasi.
"O Eduardo iria ser mandado embora", disse a advogada. "O Vitória também seria mandado embora logo, logo. O coronel brigava muito com ele." Tanto Vitório como Anastasi afirmaram que as acusações tentam desviar o foco da investigação policial.
Nesta quarta, Carla e outros 14 funcionários foram exonerados, devido à morte do coronel Ubiratan. Ontem, Anastasi disse à Folha Online quie Carla Cepollina nunca assinou presença.
O advogado da família de Ubiratan Guimarães, Vicente Cascione, disse desconhecer qualquer relação política de Carla Cepollina com o coronel. "Sou um advogado que está cuidando de um caso de homicídio. Não vou politizar o assunto."
Segundo o advogado Eduardo Nobre, especialista em Direito Eleitoral, a operação de caixa dois é caracterizada pela falta de declaração de dinheiro obtido em campanha. Segundo informou o chefe de gabinete Eduardo Anastasi, na quarta-feira, Carla Cepollina não chegou a receber nenhum vencimento como funcionária pública, pois tinha sido nomeada no fim de agosto. Hoje o ex-chefe de gabinete do coronel não retornou as ligações da Folha Online.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Rodrigo Garcia (PFL), também foi procurado para comentar o caso, mas não foi encontrado.
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