Publicidade
Publicidade
30/09/2006
-
12h33
da Folha Online
A Infraero afirmou no início da tarde deste sábado à Folha Online ter recebido informações sobre sobreviventes do acidente com o Boeing 737-800 da Gol, ocorrido na tarde de ontem no Mato Grosso, a 200 km de Peixoto Azevedo. No entanto, o possível número de sobreviventes ainda não foi divulgado.
A FAB (Força Aérea Brasileira) já teria, inclusive, acionado o hospital de Peixoto Azevedo para deixar médicos de prontidão para receber as vítimas do acidente.
A prefeita do município, Cleuseli Heller, também confirmou à Folha Online ter recebido a informação de que há sobreviventes.
O vôo 1907, que havia saído de Manaus e seguia para Brasília, transportava 149 passageiros e seis tripulantes.
Destroços do avião foram localizados por volta das 9h deste sábado por militares em uma fazenda no alto Xingu, entre Pará e Mato Grosso.
A Gol Linhas Aéreas divulgou a lista de passageiros na madrugada de hoje.
No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, funcionários do guichê da Gol forneciam o número de telefone [0800 2800749] para quem buscasse informações sobre o desaparecimento do avião.
A empresa aérea também disponibilizou quartos do Hotel Comfort de Brasília para familiares das vítimas do acidente. A cada meia hora, a Gol reúne os familiares, que estão sendo acompanhados por psicólogos no hotel, para passar informações sobre o acidente.
A Gol ainda disponibilizou uma ambulância para atender eventuais ocorrências no hotel.
A Folha Online apurou ainda que a empresa ofereceu passagens gratuitas a familiares que quiserem encontrar parentes em Manaus.
Investigação
Quando chegarem ao local, integrantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) especializados em segurança iniciarão as investigações sobre as causas do acidente --a conclusão pode demorar três meses ou mais para sair, afirmou Denise Abreu, diretora do órgão.
O piloto, o comandante Décio Chaves Jr., tinha 10 mil horas de vôo. A Gol informou que o avião desaparecido era novo --possuía 200 horas de vôo. Segundo a empresa aérea, o Boeing foi recebido do fabricante em 12 de setembro deste ano.
Segundo as primeiras informações, ainda não confirmadas, a aeronave da Gol teria colidido com um jato Legacy, de fabricação da Embraer, que conseguiu fazer um pouso forçado na base aérea localizada na serra do Cachimbo, em Novo Progresso, no Pará. O piloto já foi ouvido, mas não foram divulgados detalhes de suas declarações --a Infraero também não soube informar se a aeronave que pousou teve feridos.
Perguntas
Segundo o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, piloto experiente, é preciso descobrir o motivo de dois aviões bem equipados e novos estarem no mesmo nível, quando deveriam estar a uma distância mínima de 300 metros. "São aviões com equipamentos anti-colisão. Precisamos saber por que eles não evitaram o acidente", disse o tenente-brigadeiro.
Pereira também levantou a necessidade de esclarecimentos acerca do fato de qual avião estaria acima ou abaixo do nível correto, e ressaltou que a altura das aeronaves, entre 36 e 37 mil pés, é completamente visualizada por radares.
Na velocidade em que os aviões estavam, de acordo com Pereira, seria impossível os pilotos fazerem qualquer identificação visual de outro avião. No entanto, os equipamentos deveriam ter avisado sobre a possibilidade de rotas coincidentes. Quando isso acontece, o sistema alerta o piloto com sinais sonoros e luminosos, além de orientar o piloto como proceder. "O piloto não precisa raciocinar, basta seguir a orientação", explicou.
Relatos
O radioamador Laudir Benevides, 56, morador de Alexânia (GO), disse ter avisado a Polícia Civil de Brasília sobre o desaparecimento do avião. Ele disse que estava com outros radioamadores quando a freqüência foi interrompida por um rapaz que afirmou ter visto um avião de grande porte voando baixo perto da fazenda Jarinã, na cidade de Matupá (MT), e depois escutado um estrondo. "Possivelmente seria uma explosão", disse.
Segundo afirmou à Folha Online, após avisar a polícia, funcionários da Gol entraram em contato com ele. De acordo com Benevides, o local apontado "é uma área de difícil acesso".
Pilotos de táxi aéreo da região norte de Mato Grosso ouvidos pela Agência Folha também disseram que moradores de uma fazenda Jarinã, próxima à cidade de Peixoto de Azevedo (701 km ao norte de Cuiabá) ligaram para o piloto Silvio Corrêa e pediram o telefone do Campo de Provas da Serra do Cachimbo, após ouvirem a possível explosão.
Leia mais
Mulher escapa por falta de passagem da Gol
Gol divulga lista de passageiros do vôo 1907
Criada em 2001, Gol cresceu nos últimos meses após crise da Varig
Especial
Leia o que já foi publicado sobre acidentes aéreos
Leia a cobertura completa sobre o desaparecimento do vôo 1907 da Gol
Infraero diz ter recebido informação sobre sobreviventes do acidente da Gol
Publicidade
A Infraero afirmou no início da tarde deste sábado à Folha Online ter recebido informações sobre sobreviventes do acidente com o Boeing 737-800 da Gol, ocorrido na tarde de ontem no Mato Grosso, a 200 km de Peixoto Azevedo. No entanto, o possível número de sobreviventes ainda não foi divulgado.
A FAB (Força Aérea Brasileira) já teria, inclusive, acionado o hospital de Peixoto Azevedo para deixar médicos de prontidão para receber as vítimas do acidente.
A prefeita do município, Cleuseli Heller, também confirmou à Folha Online ter recebido a informação de que há sobreviventes.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/images/20060930-mapa-peixoto_azevedo.gif)
Destroços do avião foram localizados por volta das 9h deste sábado por militares em uma fazenda no alto Xingu, entre Pará e Mato Grosso.
A Gol Linhas Aéreas divulgou a lista de passageiros na madrugada de hoje.
No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, funcionários do guichê da Gol forneciam o número de telefone [0800 2800749] para quem buscasse informações sobre o desaparecimento do avião.
A empresa aérea também disponibilizou quartos do Hotel Comfort de Brasília para familiares das vítimas do acidente. A cada meia hora, a Gol reúne os familiares, que estão sendo acompanhados por psicólogos no hotel, para passar informações sobre o acidente.
A Gol ainda disponibilizou uma ambulância para atender eventuais ocorrências no hotel.
A Folha Online apurou ainda que a empresa ofereceu passagens gratuitas a familiares que quiserem encontrar parentes em Manaus.
Investigação
Quando chegarem ao local, integrantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) especializados em segurança iniciarão as investigações sobre as causas do acidente --a conclusão pode demorar três meses ou mais para sair, afirmou Denise Abreu, diretora do órgão.
O piloto, o comandante Décio Chaves Jr., tinha 10 mil horas de vôo. A Gol informou que o avião desaparecido era novo --possuía 200 horas de vôo. Segundo a empresa aérea, o Boeing foi recebido do fabricante em 12 de setembro deste ano.
Segundo as primeiras informações, ainda não confirmadas, a aeronave da Gol teria colidido com um jato Legacy, de fabricação da Embraer, que conseguiu fazer um pouso forçado na base aérea localizada na serra do Cachimbo, em Novo Progresso, no Pará. O piloto já foi ouvido, mas não foram divulgados detalhes de suas declarações --a Infraero também não soube informar se a aeronave que pousou teve feridos.
Perguntas
Segundo o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, piloto experiente, é preciso descobrir o motivo de dois aviões bem equipados e novos estarem no mesmo nível, quando deveriam estar a uma distância mínima de 300 metros. "São aviões com equipamentos anti-colisão. Precisamos saber por que eles não evitaram o acidente", disse o tenente-brigadeiro.
Pereira também levantou a necessidade de esclarecimentos acerca do fato de qual avião estaria acima ou abaixo do nível correto, e ressaltou que a altura das aeronaves, entre 36 e 37 mil pés, é completamente visualizada por radares.
Na velocidade em que os aviões estavam, de acordo com Pereira, seria impossível os pilotos fazerem qualquer identificação visual de outro avião. No entanto, os equipamentos deveriam ter avisado sobre a possibilidade de rotas coincidentes. Quando isso acontece, o sistema alerta o piloto com sinais sonoros e luminosos, além de orientar o piloto como proceder. "O piloto não precisa raciocinar, basta seguir a orientação", explicou.
Relatos
O radioamador Laudir Benevides, 56, morador de Alexânia (GO), disse ter avisado a Polícia Civil de Brasília sobre o desaparecimento do avião. Ele disse que estava com outros radioamadores quando a freqüência foi interrompida por um rapaz que afirmou ter visto um avião de grande porte voando baixo perto da fazenda Jarinã, na cidade de Matupá (MT), e depois escutado um estrondo. "Possivelmente seria uma explosão", disse.
Segundo afirmou à Folha Online, após avisar a polícia, funcionários da Gol entraram em contato com ele. De acordo com Benevides, o local apontado "é uma área de difícil acesso".
Pilotos de táxi aéreo da região norte de Mato Grosso ouvidos pela Agência Folha também disseram que moradores de uma fazenda Jarinã, próxima à cidade de Peixoto de Azevedo (701 km ao norte de Cuiabá) ligaram para o piloto Silvio Corrêa e pediram o telefone do Campo de Provas da Serra do Cachimbo, após ouvirem a possível explosão.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice